Dois meses serão completados neste domingo desde que Emili Miranda Anacleto, de dois anos, foi levada pelo pai, Alexandre Anacleto, de 31 anos, durante uma visita assistida na casa da mãe da menina, Josenilda Miranda de 21 anos, em Jaraguá do Sul. Três dias depois do sumiço da criança, Alexandre foi encontrado queimado junto ao seu carro na praia de Itajuba, em Barra Velha. Desde então, o desaparecimento de Emili tem sido investigado. O caso, porém, continua sem solução.
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As polícias civis de Jaraguá do Sul e Barra Velha e a Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas (DPPD), de São José, na Grande Florianópolis, estão envolvidas na operação. Desde o começo das investigações, dois agentes especializados da DPPD estão no caso. Em relação ao assassinato de Alexandre, a delegacia de Barra Velha é quem comanda as investigações.
A delegada responsável pelo caso Emili, Milena de Fátima Rosa, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de Jaraguá do Sul, destaca que já foram ouvidas mais de 20 testemunhas, cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na casa de pessoas próximas aos pais de Emili. Além disto, estão sendas analisados pedidos sigilosos e conferido denúncias anônimas.
– É um caso delicado e com poucas pistas. Já fizemos diversas diligências e não obtivemos sucesso. Continuamos trabalhando com a hipótese de que Emili está viva – enfatiza Milena.
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Em relação à testemunha-chave, Milena afirma que o proprietário do Fiat Strada de cor branca, com placas de Jaraguá do Sul, não foi encontrado mesmo com a divulgação desta informação. Ele foi visto próximo ao veículo conduzido por Alexandre antes de ele ser queimado. Conforme a delegada, o depoimento deste homem pode ajudar a esclarecer o paradeiro da menina Emili.
Exames
A investigação da morte de Alexandre pode ter continuidade com os resultados dos exames. Segundo a delegada Milena, resultados extraoficiais comprovam que Alexandre não tinha ingerido bebidas alcoólicas e que não foi morto por disparo de arma de fogo. O corpo continua em Florianópolis, caso sejam necessários mais exames.
– Estamos esperando o resultado do exame toxicológico para encerrarmos as investigações no corpo – explica Milena.
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Os familiares continuam esperando por respostas. A mãe de Emili, Josenilda Miranda, conta que de um mês para cá não sabe de nenhuma novidade sobre o caso. Na próxima terça-feira, a delegada Milena irá colher formalmente os depoimentos dos avós maternos.
– É difícil seguir a vida sem Emili. Queremos respostas. Está complicado – afirma Josenilda.