A empresa Sulcatarinense, responsável pela duplicação do lote 2.1 da BR-280, entre a BR-101 e o trecho urbano de Guaramirim, informou, em nota, que tomou todas as medidas necessárias para os reparos dos prejuízos ocorridos em duas das casas atingidas pelas detonações de rocha na região.
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O problema foi tema de reportagem de A Notícia na semana passada, quando os moradores decidiram reunir assinaturas e levar o caso ao Ministério Público de Santa Catarina.
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Segundo a empresa, as duas casas mais afetadas receberam manutenção. Foram substutuídos parte dos telhados e dos pisos das varandas atingidas.
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– O reparo foi feito de forma imediata, sem prejuízo financeiro algum para os proprietários das respectivas edificações – diz a nota.
A detonação de rochas em uma pedreira aberta às margens da BR-280, em Guaramirim, está servindo para a produção de material que é usado como base para a duplicação da rodovia.
Porém, várias casas que ficam ao lado do morro onde foi instalada a pedreira estão com rachaduras ou buracos nos telhados, provocados pelas explosões.
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Além do risco de ser atingido por uma das pedras, algumas do tamanho de um tijolo, as famílias também reclamam que a estrutura das casas está comprometida.
Quanto à vibração, a Sulcatarinense diz que está avaliando as detonações de acordo com as regras da NBR 9653, texto que determina as normas e limites admissíveis para danos e incômodo associados ao uso de explosivos.
De cordo com a empresa, estão sendo tomadas pelo menos 11 diferentes providências para garantir a segurança da detonação.
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– A empresa informa que as atividades de extração mineral, bem como as detonações, são decorrentes da importante obra de duplicação da Rodovia BR 280, conforme o contrato celebrado entre o DNIT e a empresa Sulcatarinense Mineração, Artefatos de Cimento, Britagem e Construção Ltda.
Medidas adotadas, segundo nota da empresa:
– Executar perfuração da rocha com zelo, planejando-se previamente onde será a detonação e quais medidas de segurança a serem adotadas;
– Calcular a quantidade de explosivo a ser aplicada, evitando sobrecarga e vibração do terreno;
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– Fazer plano de fogo e de ligação com retardos e que aumentam a frequência, o que evita o risco de rachaduras de edificações próximas;
– Alertar a comunidade com aviso mediante sirene;
– Realização de medida sismográfica para monitoramento da vibração e do ruído, para atender as reclamações da comunidade com relação a rachaduras de edificações;
– Realização de aviso da comunidade com carro de som sobre o evento de detonação;
– Aviso prévio sobre as detonações através de panfletos para a comunidade e através de e-mails para Polícia Rodovia Federal, Polícia Militar e Defesa Civil.
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A empresa se comprometeu, também a:
– Aumentar a altura do tampão de 1,5 para 2,0 metros na primeira linha e para 1,7 metros nas demais linhas, o que reduzirá a razão de carregamento, minimizando ainda mais o risco de lançamento de pedra do topo da jazida;
– Realizar levantamentos sismográficos em todas as detonações, principalmente em locais próximos das edificações que fizeram algum tipo de reclamação quanto à rachaduras;
– Providenciar placa de advertência na entrada da jazida, com data e hora do evento de detonação;
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– Providenciar para a comunidade, através de outros veículos de comunicação, os avisos necessários através de: rádio ou jornal, além do carro de som e panfletagem já utilizados.