Considerando a imensidão de bandas do chamado heavy metal extremo que o Nordeste abriga, chega a ser gratificante o Still Living executando uma música tão mais acessível. Iniciada em Garanhuns, a jornada desses pernambucanos ultrapassou a primeira década e eles liberaram no finalzinho de 2015 seu segundo disco, Humanity.

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As melodias fáceis e refrãos grudentos fizeram com que o hard rock e o então emergente AOR (adult oriented rock) conquistassem rapidamente sua fatia na programação das rádios lá pelos meados dos anos 1980. E escutar o Still Living é como voltar à fase áurea do gênero, tal a qualidade e profissionalismo que caracterizam suas obras.

Humanity aborda temas como sentimentos, ideias, enfim, as eternas paixões e dramas da vida humana. O conceito é permeado por trabalho de voz atraente, arranjos de fácil assimilação e ótimos solos, (quase) tudo com doses comedidas de distorção. Sem excessos, o repertório visa uma audição agradável e o objetivo é atingido com folga, como Flying High, Murder of Crows e Humanufactured, só para citar algumas, tão bem exemplificam.

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Gravado no Alpha Studio, na cidade natal do Still Living, e com produção da própria banda, Humanity pode ser um item atraente aos colecionadores que apreciam a elegância de ícones do porte de Magnum, Journey, Asia, Kansas e similares. Se este é você, nem pense em deixar passar! lml

(Foto: Still Living / divulgação / Divulgação)

Still Living: Humanity

(2015 / Imperative Music)

01. Flying high

02. Signs

03. Murder of crows

04. You remain alive

05. Humanufactured

06. Blindfolded

07. Shelter

08. Eyes

09. Way back home

10. Rock and roll thunder

11. Hollow man (bônus)

12. Surrender (bônus)

Ben Ami Scopinho está há mais tempo em Floripa do que passou em sua terra natal, São Paulo. Ilustrador e designer no DC, tem como hobby colecionar vinis e CDs de hard rock e heavy metal. E vez ou outra também escreve sobre o assunto.