O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta quarta-feira a terceira sessão para analisar os recursos dos 25 réus condenados pelo mensalão. Até a semana passada, sete embargos de declaração já haviam sido apreciados – e rejeitados.

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Para apaziguar os ânimos após o bate-boca entre o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, e o ministro Ricardo Lewandowski, é esperada uma intervenção do decano Celso de Mello. Ninguém acredita em um pedido público de desculpas de Barbosa, que acusou Lewandowski de fazer chicanas para beneficiar os réus.

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A perspectiva é de que a tese defendida por Lewandowski – que beneficiaria o ex-deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ) – seja derrubada. Encerrado esse capítulo, o tribunal analisará os recursos de outros réus.

Entre eles, há a possibilidade do operador do esquema, Marcos Valério, e do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. A ordem da pauta não foi confirmada pelo STF.

Na terça-feira, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu entregou memorial pedindo que a tese apresentada por Lewandowski – de considerar lei mais branda para julgar o crime de corrupção passiva – seja usada em seu benefício.

Balanço do julgamento

O que foi feito até agora

– Ao retomar o julgamento na semana passada, o STF começou a analisar os recursos dos 25 condenados.

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– Em duas sessões, os ministros rejeitaram os embargos de declaração de sete réus.

– O julgamento foi interrompido na análise do recurso do ex-deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ).

Os próximos passos

– Na quarta, o STF retoma o julgamento. Há duas sessões por semana. A outra ocorre nas quintas-feiras.

– Após os embargos de declaração, os ministros vão discutir a aceitação dos embargos infringentes.

– Esses recursos podem permitir a realização de novo julgamento para 11 réus.