Com quase uma hora de atraso, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, subiu hoje por volta das 10h07min a rampa do Palácio do Planalto. Ele foi recebido pela presidente Dilma Rousseff e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Sorridente, o venezuelano brincou com Dilma na chegada ao salão principal do Planalto. Chávez está em Brasília para oficializar a incorporação da Venezuela ao Mercosul.

Continua depois da publicidade

Veja como fica o mapa do Mercosul com a entrada da Venezuela

Inicialmente, Chávez e Dilma assinarão o acordo para a venda de 20 aeronaves da 190AR da Embraer para a Venezuela. As negociações foram feitas pelo Brasil com a empresa estatal de aviação venezuelana, a Conviasa. As aeronaves 190AR detém de 98 a 114 assentos.

Em seguida, haverá uma reunião privada entre os presidentes Dilma, Chávez, Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai). Ao mesmo tempo, alguns presidentes terão reuniões bilaterais, como Mujica e Cristina. Depois, haverá o ato de assinatura da incorporação da Venezuela no Mercosul.

A cerimônia que oficializa o ingresso da Venezuela não significa que o país será integrado imediatamente ao bloco. A incorporação na prática só ocorrerá, juridicamente, no dia 13 de agosto quando todos os prazos tiverem sido cumpridos, segundo as normas do Mercosul.

Continua depois da publicidade

Suspenso do Mercosul desde o final de junho, o Paraguai não participa da solenidade nem aprovou o ingresso da Venezuela no bloco. Porém, a ausência do voto dos paraguaios, segundo diplomatas, não afeta a incorporação dos venezuelanos ao grupo.

Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de habitantes, 70% da população da América do Sul, registrando um PIB a preços correntes de US$ 3,3 trilhões – o equivalente a 83,2% do PIB sul-americano – e um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados.