Responsável pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú, o delegado Osnei de Oliveira, concorda com o desabafo divulgado pela Polícia Militar em forma de ranking. Segundo ele, a prisão hoje só é executada no Brasil em casos extremos.
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– A legislação é muito benevolente e hoje somente presos por crimes mais graves permanecem presos – explica.
Somente ano passado a DIC foi responsável por 303 prisões. A maior parte dos suspeitos permanece ou permaneceu por um tempo preso, mas isso porque todas as prisões estavam embasadas por um profundo trabalho de investigação. Além disso, muitos casos são crimes mais graves como homicídios ou latrocínios.
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O homem que é apontado pela PM como segundo colocado na lista dos 10 mais reincidentes da região de Balneário Camboriú, é suspeito em pelo menos seis inquéritos da divisão. Atualmente, ele se encontra preso em decorrência de uma dessas investigações.
– Mas em casos como os furtos, por exemplo, é necessário o criminoso cometer 20 furtos para talvez daqui 10 anos ser preso – diz.
Obrigatoriedade de ser reincidente
Reforma no código de processo penal também contribuiu para essa reincidência, segundo o delegado. Ele acredita que praticamente ninguém hoje no Brasil é preso quando comete um delito pela primeira vez. Isso porque para muitos casos os próprio delegado pode arbitrar fiança e liberar o suspeito.
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