Um grupo de ex-dirigentes da Sociedade Mildau tenta nesta segunda-feira a última cartada para impedir a venda do patrimônio da entidade, uma das mais tradicionais da região de Pirabeiraba, na zona Norte de Joinville. A segunda etapa do leilão judicial está marcada para terça-feira à tarde, no Fórum.
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O terreno, o prédio, o campo de futebol e uma pequena praça – onde são realizados bailes e festas tradicionais, como a do Cará e a do Pato – estão avaliados em R$ 425 mil, mas tudo pode ser comprado por um valor menor, já que não houve interessados na primeira tentativa, no começo do mês.
Pelo menos três grupos já se habilitaram para participar do leilão. A Carstens, leiloeiro público, está responsável pela venda. Os responsáveis não informam os nomes dos interessados, mas adiantam que deve haver disputa entre um grupo educacional de Joinville, uma empresa de alimentos e uma construtora.
Segundo Teodoro Lima, ex-dirigente da entidade e uma das lideranças que está tentando
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reverter o leilão, haverá uma tentativa de acordo nesta segunda-feira, como forma de garantir que a sociedade fique nas mãos da comunidade. Há cerca de 130 sócios, quase todos moradores da Estrada Mildau, em Pirabeirava.
– Vamos tentar até o fim. Estamos vendo a possibilidade de fazer um empréstimo para garantir que o local não seja vendido -, disse.
Desde que o valor não seja considerado muito baixo, quem oferecer a maior quantia fica com a área. O leilão foi determinado pela Justiça como forma de pagamento de uma indenização. A ação que culminou com a decisão de leiloar a área começou logo após a morte de um rapaz que fazia a limpeza do telhado do pavilhão, no dia 6 de julho de 1998. A família dele ganhou na Justiça o direito à indenização e o valor atual é de R$ 218 mil.
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