Sociedade Joinvilense de Medicina comemora decisão da Prefeitura

O presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM), Dr. Antônio César Franco Garcia, viu como uma excelente notícia o recuo do prefeito Udo Döhler na decisão de suspender parte do programa de residência médica do Hospital São José, que previa o corte de 38 das 56 vagas de R1 para o primeiro da pós-graduação.

– A gente expôs para ele toda a situação e nos colocamos à disposição para ajudar, inclusive nesse objetivo de reduzir os custos. Acho que ele se sentiu sensibilizado. Essa parceria com o executivo e a sociedade é muito promissora não apenas para esse episódio, mas para outras demandas que vierem no futuro – declarou.

Em reunião nesta quarta-feira, a classe médica da cidade já estava decidida a contestar na Justiça a decisão da Prefeitura de abrir mão da maioria dos médicos aprovados para atuarem como residentes no Hospital São José. Em reunião organizada pela SJM, lideranças da área médica, sindicalistas e membros de entidades representativas concordaram em oficializar a cobrança ao Ministério Público.

A suspensão da matrícula dos residentes R1 (em fase inicial) havia sido tomada com a alegação de uma contenção de R$ 1,3 milhão ao ano – somente 18 dos 56 médicos aprovados seriam matriculados no hospital. Agora, a justificativa para rever a decisão foi de que o corte poderia prejudicar programas de residência em outras regiões do País.

Para a categoria médica, se parte dos postos fosse ocupada por servidores de carreira, mais bem remunerados, o custo salarial seria maior – as entidades reforçam que seria preciso preencher as vagas deixadas pelos médicos residentes para evitar que o atendimento ficasse caótico.

Além da SJM, a decisão da Prefeitura causou forte comoção nas redes sociais e mobilizou a entidades como o Sindicato dos Médicos de Santa Catarina, a Associação Catarinense de Medicina e representações sem ligação direta com a área da saúde, como a CDL e a Ajorpeme. Lideranças políticas, em especial os que fazem oposição ao governo Udo Döhler, também levantaram a bandeira contra a suspensão de parte dos médicos residentes.