A partir da próxima segunda, a Prefeitura de Joinville verá mais uma vez os servidores municipais entrarem em greve. Nesta sexta-feira, a categoria recusou a proposta do governo em ter 4% de reajuste retroativo a maio e mais 1,5% de aumento em novembro e decidiu paralisar as atividades. Cerca de mil pessoas participaram do encontro

Continua depois da publicidade

em frente à sede da Prefeiura.

Com a confirmação da greve, os servidores se reúnem novamente na segunda, às 9 horas, para uma manifestação novamente em frente à sede do Executivo. Será o primeiro ato oficial do comando da greve promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej). Outros atos estão programados para o mesmo horário de quarta e de sexta-feira.

O Sinsej espera que em algum desses dias a manifestação se transforme em nova assembleia para discutir uma proposta salarial. O sindicato pede um reajuste de 12,16%, sendo 7,16% referentes à inflação segundo o INPC dos últimos doze meses, mais 5% de aumento salarial real.

Continua depois da publicidade

>> Confira galeria de imagens da Assembleia do Sinsej

Na assembleia de ontem, o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, listou as 12 das 47 propostas que a Prefeitura se comprometeu em atender e depois colocou em discussão o que foi oferecido pelo prefeito Udo Döhler (PMDB). A proposta foi

rejeitada logo em seguida.

Antes de votar pela paralisação, Ulrich ainda se encontrou novamente com Udo, na Prefeitura de Joinville. No encontro, marcado pela tensão, os dois lados só reafirmaram os discursos que já vinham fazendo ao longo dos últimos 30 dias de negociação.

Governo não vai agir por antecipação

Logo após a confirmação da greve, o prefeito Udo Döhler (PMDB) teve uma longa reunião com sua equipe. Em um primeiro momento, a administração municipal irá esperar para ver como será a adesão dos servidores à paralisação – a intenção é não agir por antecipação.

Continua depois da publicidade

– Imaginamos que a maior parte dos servidores vai entender a transparência do governo. Esperamos um voto de confiança -, disse Afonso Fraiz, porta-voz do governo durante a greve.

Nas áreas com mais servidores, Saúde e Educação, os secretários Armando Dias e Roque Mattei adotam estratégias diferentes. Enquanto Roque mantém o discurso de cautela, Dias conta que as coordenadoras de áreas foram instruídas a irem a todas as unidades hospitalares e ambulatoriais na segunda. As informações serão repassadas ao gabinete do prefeito, que irá tomar eventuais medidas.