Apesar da assinatura do decreto de intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, que pode impactar na votação da Reforma da Previdência , os sindicatos confirmaram na tarde desta sexta a paralisação agendada para segunda-feira contra a Reforma.
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Nota divulgada nesta tarde pela Central Única dos Trabalhadores de SC mostra que Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) e Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) também aderiram à paralisação. O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) já havia anunciado a paralisação de 24 horas no transporte público na segunda-feira “em defesa do direito de aposentadoria digna” .
Além da programação em outras cidades catarinenses, a nota da CUT diz ainda que as centrais sindicais e entidades farão uma espécie de arrastão no centro da Capital a partir das 9h. Para finalizar o dia de manifestação, um ato está marcado a partir das 16h, também no Centro, com uma passeata até o INSS.
Em relação à adesão do sindicato dos trabalhadores da educação, o secretário de Saúde de Florianópolis, Maurício Fernandes Pereira, diz que a expectativa é “não ter um grande transtorno na segunda-feira”, quando começam as aulas na rede municipal. Ele afirma que nenhum diretor tem autorização para suspender o atendimento ou fechar as unidades.
— Nossas unidades estão sendo informadas que precisam ter propostas pedagógicas diferenciadas, como, por exemplo, juntar turmas. Será apenas por um dia.
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Trabalhadores do judiciário e bancários também aderem
O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal de Santa Catarina (Sintrajusc) publicou nesta sexta-feira um aviso de greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira. O motivo é o mesmo: a categoria é contra a Reforma da Previdência. O Sintrajusc engloba todos os servidores do Judiciário Federal em Santa Catarina, incluindo a justiça do trabalho e a justiça eleitoral.
O Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região também emitiu nota, manifestando adesão à greve geral por 24 horas nesta segunda. O sindicato diz que o assunto foi deliberado em assembleia na quinta-feira e decidiram pela paralisação.
Entenda o decreto
Com o decreto de intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, assinado nesta sexta-feira pelo presidente Michel Temer, não poderá haver mudanças na Constituição — o que inviabiliza a votação da reforma da Previdência, prevista para a próxima semana. Porém já foi anunciado que a intervenção poderá ser suspensa por 24 horas, o que permitiria a votação de qualquer forma.
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