Enquanto o sistema aéreo é normalizado na Argentina, após 300 voos cancelados na segunda-feira, sindicatos aeronáuticos acusam um grupo de 10 controladores de voo “de origem militar” de sabotar as empresas estatais. Segundo informações do jornal Clarín.com, seis entidades emitiram uma nota conjunta na qual qualificaram de “suspeito” o apagão aéreo que durou cerca de oito horas nos aeroportos de Ezeiza e Aeroparque, em Buenos Aires – os dois mais importantes do país.

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Os sindicatos desconfiam que o objetivo do grupo seja “favorecer um clima” para a privatização das companhias aéreas. Eles afirmam que o defeito ocorreu três dias após uma reunião com o ministro da Defesa, Arturo Puricelli.

Porta-vozes da Administração Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmaram que o problema, inédito na história da aviação argentina, foi ocasionado por um defeito no Voice Switching (aparelho que estabelece a comunicação entre as aeronaves e as torres de controle).

De acordo com a agência de notícias argentina Telam, a situação foi completamente normalizada nesta manhã no aeroporto de Ezeiza. No Aeroparque Metropolitano, o serviço ainda está operando com alguns transtornos, mas deve voltar ao normal ainda hoje.

A Anac afirmou que a Justiça abriu um processo para investigar as falhas no sistema de comunicação.

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