Está marcada para esta quinta-feira, às 10h, uma reunião de negociação entre servidores da Educação e a prefeitura no Tribunal de Justiça de Santa Catarina para tentar reverter a greve em São José, na Grande Florianópolis. A paralisação começou no dia 27 de março e atinge escolas e creches municipais.

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Nesta segunda-feira, a Justiça manteve o pedido para que os servidores da Educação retornem às atividades e deem fim à paralisação que iniciou no dia 27 de março. Segundo o despacho, a partir da última segunda-feira o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de São José (Sintram-SJ) está sujeito a multa de R$ 40 mil para cada dia útil sem aulas.

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O desembargador Pedro Manoel Abreu tem até 15 dias, contados a partir do dia 6 de abril, para decidir sobre a ilegalidade da greve. Enquanto isso e até o fim da greve, tanto o Sintram quanto o presidente do sindicato, Marcos Aurélio dos Santos estão sendo multados. De acordo com Santos, os servidores acreditam que há diálogo e a reunião de negociação é uma oportunidade para que isso ocorra.

“A lei só vale para os concursados e não para os CCs”

O motivo da greve dos servidores é a revogação das leis que tratam do plano de carreira dos professores. Havia uma cláusula de barreira para o limite prudencial de gastos que foi retirada na Câmara de Vereadores. O Ministério Público determinou que a lei fosse derrubada, sob risco de a prefeita responder por improbidade administrativa por não respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A diretora de política sindical do Sintram-SJ, Jumeri Zanetti, informa que o sindicato protocolou um ofício no Ministério Público notificando que a categoria aceita a cláusula de limite prudencial, desde que Adeliana Dal Pont assuma os seguintes compromissos:

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1. reduzir 20% dos cargos comissionados, segundo determina a lei de responsabilidade fiscal;

2. cobrar os grandes devedores, sonegadores de impostos;

3. para os servidores concursados para 20h, 30h ou 40h, pagar vencimentos de acordo com sua carga horária — deslocados para cargos administrativos. Eles hoje recebem horas-extras sem trabalhar carga extra;

4. suspender nomeações de cargos comissionados até que as contas estejam equilibradas, ou seja, 51,30%.