Entrando na quarta semana nesta segunda-feira (17), a greve dos servidores de São José poderá trazer prejuízo ao ano letivo das escolas municipais. Longe de um acordo, o sindicato da categoria (Sintram-SJ) informou que, caso a prefeitura corte o ponto dos trabalhadores paralisados – como já foi anunciado, os funcionários não irão repor os dias parados, o que poderá comprometer o calendário escolar lá na frente.

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Em assembleia na manhã desta segunda-feira, os servidores decidiram continuar com a paralisação iniciada há 22 dias.

— Vamos manter a greve até que tenhamos uma audiência com a prefeita. Temos uma nova assembleia marcada para quinta-feira, mas se houver uma mesa de negociação antes, antecipamos — disse o presidente do Sintram-SJ, Marcos Aurélio dos Santos.

A secretaria de Educação garante que o calendário letivo não será prejudicado. Em nota, a prefeitura informou que será feita uma análise caso a caso para resolver a questão.

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Sindicato não cumpre decisão judicial

No dia 5 de abril, o desembargador Pedro Manoel Abreu considerou a greve ilegal e determinou em caráter liminar ao sindicato que restabelecesse todos os serviços essenciais num prazo máximo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 40 mil. No entanto, o Sintram-SJ diz que não está cumprindo a decisão por considerar a punição desproporcional, já que o orçamento mensal da entidade gira em torno de R$ 10 mil.

O motivo da greve dos servidores é a revogação das leis que tratam do plano de carreira dos professores. Havia uma cláusula de barreira para o limite prudencial de gastos que foi retirada na Câmara de Vereadores. O Ministério Público determinou que a lei fosse derrubada, sob risco de a prefeita responder por improbidade administrativa por não respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.