Enquanto o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Sinsej) prevê uma adesão de 50% da categoria na greve marcada para começar nesta segunda-feira, a Prefeitura adota um discurso cauteloso e aposta na compreensão dos servidores.
Continua depois da publicidade
– Nós temos esperança que os servidores tenham compreendido a mensagem dada pelo prefeito na sexta-feira, que neste momento a Prefeitura não tem condições de conceder o reajuste reivindicado. O que não significa que a porta para novas negociações ficará fechada. Se houver uma evolução positiva nos números, o prefeito não verá problema em se reunir com o sindicato futuramente -, disse na tarde de de domingo o porta-voz do governo durante a greve, Afonso Fraiz.
O Sinsej marcou para às 9 horas de hoje uma manifestação em frente à Prefeitura. O ato deve marcar o início da greve. Na sexta-feira, a categoria recusou a proposta do governo, que ofereceu 4% de reajuste retroativo a maio e mais 1,5% de aumento em novembro e optou pela paralisação das atividades. Cerca de mil pessoas participaram da assembleia em frente à sede do executivo.
Os setores mais afetados pela greve, segundo o diretor de comunicação do Sinsej, Jean Ricardo Almeida, devem ser a saúde e a educação, que juntos representam 70% do funcionalismo público.
Continua depois da publicidade
– No São José prevemos que já no primeiro turno, a partir das 6 horas, apenas 50% dos servidores estejam trabalhando. O PA Sul e o PA Norte devem fechar e o PA Leste ainda está indefinido, mas deve ter uma adesão de 30% -, afirmou.
Com base na participação dos servidores na assembleia, Jean acredita que os funcionários dos postos de saúde também devem aderir em peso ao movimento.
– Nos CEI’s também deve haver adesão significativa. As escolas da mesma forma, mas não sei dizer se já amanhecerão fechadas.
Continua depois da publicidade
Quanto aos setores administrativos, o diretor de comunicação do sindicato preferiu não fazer previsão.
– Esses setores costumam se manifestar no dia, mas sabemos que muitos setores estão insatisfeitos -, disse Jean.
A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 12,16%, sendo 7,16% referentes à inflação de acordo com o INPC dos últimos doze meses, o que equivale a mais de 5% de ganho real.
Continua depois da publicidade
Movimento será monitorado ao longo da segunda-feira
– A Prefeitura não agirá por antecipação -, garante o porta-voz do governo durante a greve, Afonso Fraiz.
Ele explica que o governo vai primeiro ver se realmente haverá greve e em que número o movimento vai acontecer, antes de tomar qualquer atitude.
– Vamos esperar amanhecer para prospectar a situação -, disse.
Segundo Afonso, cada secretário vai monitorar o seu setor para avaliar se os serviços essenciais foram comprometidos, mas não haverá nenhum tipo de ação preventiva.
Continua depois da publicidade
– Não estamos preparando nenhuma ação judicial ou policial -, afirmou.