A cena mais comum durante a última greve dos servidores municipais de Joinville, que se arrastou por 12 dias em maio, vai se repetir na manhã desta terça: o sindicato da categoria (Sinsej) convocou os servidores para um ato oficial em frente à Prefeitura.
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A concentração será às 9 horas, com assembleia para tratar de reivindicações discutidas na greve e que continuam sem acordo. Funcionários de todos os setores da administração municipal foram mobilizados. Apesar de não estimar números, o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, acredita que a paralisação terá reflexos no serviço público.
– Contamos com o fechamento de CEIs, escolas, PAs e restrição de atendimento no Hospital São José. Nas escolas e CEIs, inclusive, os professores já comunicaram aos pais que não deve haver atendimento – reforça.
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura informou nesta segunda, nenhuma mudança no atendimento foi planejada e eventuais faltas serão descontadas em folha dos servidores. O que se pretende com a paralisação desta terça, diz Ulrich, é trazer o prefeito Udo Döhler (PMDB) à mesa de negociação.
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Uma reunião com o chamado grupo de trabalho da Prefeitura já estava agendada para esta terça, mas a presença de Udo não foi solicitada com antecedência e a presença dele é incerta. As reuniões com o grupo de trabalho ocorrem rotineiramente desde o fim da greve.
– Esta mesa é um entrave, nenhuma decisão foi tomada em todos esses meses. A equipe não tem autonomia e a possível ausência do prefeito só vai colocar mais lenha na fogueira. Estamos contando com a possibilidade de deflagrar greve imediatamente se nenhuma das nossas reivindicações forem atendidas – alerta Ulrich.
Caso a dicussão não avance, avisa Ulrich, a paralisação terá um segundo ato na Câmara de Vereadores nesta terça, por volta das 15 horas, contra o Projeto de Lei Complementar 48/2013, que está em tramitação e poderia implicar na extinção de alguns cargos da administração municipal.
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O QUE COBRA O SINDICATO
Hora extra
A categoria cobra o pagamento de hora extra para os trabalhadores que vão manter os serviços essenciais no recesso de fim de ano e não receberão o benefício. A maior parte desses servidores, segundo o Sinsej, está no Hospital São José, CAPS, PAs, Samu, Fundação Cultural e Secretaria da Fazenda.
Calendário Escolar
O cronograma apresentado pela Prefeitura prevê 214 dias de trabalho. A contraproposta do Sinsej pede 200 dias de efetivo trabalho escolar.
Pontos facultativos
Para 2014, a Prefeitura divulgou um calendário em que não constam a Quinta-feira Santa e o Carnaval como pontos falcutativos. O Sinsej quer garantia de folga nas datas.
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Aumento do adicional noturno
O sindicato cobra o aumento do percentual de adicional noturno. Atualmente, o valor do benefício é de 20% do salário base. A reivindicação é que o percentual seja elevado para 40%.
Hora-atividade
O Sinsej cobra que seja garantido um terço de hora-atividade para os profissionais da Educação. Mas, conforme o sindicato, a Prefeitura pagando apenas 20%.