A rotina militar de um grupo de soldados do Exército será substituída pela tecnologia do cadastro biométrico. A partir de uma convênio firmado com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de SC, o 62º Batalhão de Infantaria (BI) vai disponibilizar 60 militares à Justiça Eleitoral. A força tarefa voltada ao cadastramento biométrico dos eleitores foi selada com a assinatura de um termo de compromisso na última quinta-feira, na Capital.
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Tire dez dúvidas sobre o cadastramento biométrico
Os soldados terão duas semanas de treinamento antes de entrarem em operação no posto de atendimento da Justiça Eleitoral, na rua Otto Boehm, no Centro de Joinville. A previsão é de que o militares comecem a atender no local no dia 27 de julho.
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O treinamento será ministrado para dois grupos de 30 homens. Eles irão trabalhar no cadastramento até o dia 21 de agosto, podendo prorrogar o convênio para até 30 de novembro. Tudo isso para ajudar a 19ª Zona Eleitoral de Joinville acelerar o processo de atendimento dos 384.684 eleitores da cidade. Até o dia 30 de junho, apenas 6,05% (20.273) do eleitorado havia passado pelo posto.
De acordo com o tenente-coronel Sandro Emílio Dureck, comandante do 62º BI, estão sendo escolhidos os jovens que mais se destacam para o trabalho. Ter responsabilidade e bom relacionamento com o público são critérios importantes que pesam na escolha. Além disso, os militares não podem ocupar funções vitais no funcionamento diário do quartel.
– É uma novidade para a gente. Mas o Exército é constantemente engajado em ações de reforço – diz o comandante, que lembra da participação do 62º BI no processo de pacificação do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
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Por enquanto, os militares ainda não sabem como será o trabalho deles. O que eles garantem é que ninguém ficará com medo ou envergonhado para fazer o atendimento.
– A receptividade da população é extremamente positiva. O Exército é o primeiro em credibilidade entre as Forças Armadas e o militar está indo além do dever dele. Só temos frutos a colher com isso – comenta Dureck.
Os militares participantes são voluntários e nunca passaram por uma experiência como essa. Sair da rotina pode representar para os jovens militares um aprendizado.
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– Usando o cadastro biométrico, a pessoa não precisa andar com o documento – esclarece o cabo Eliseu Carneiro, 22 anos, mostrando que já tomou conhecimento sobre a força tarefa da qual faz parte.
– É um aprendizado para nós. Estamos acostumados com isso e vamos viver uma experiência nova – completa o soldado Daniel Medeiros, 20 anos.
Blumenau e Florianópolis são outras cidades que também recebem o reforço do Exército no cadastramento biométrico.
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