Os servidores públicos de Itajaí rejeitaram novamente a proposta de reposição salarial oferecida pela prefeitura e decidiram manter a greve. A decisão ocorreu em assembleia na tarde desta sexta-feira. Pela manhã, os representantes dos grevistas se reuniram com o prefeito Jandir Bellini (PP) para tentar um acordo, que acabou sendo recusado pelos funcionários. Com isso a paralisação chega ao quinto dia e contabiliza uma média de 1,6 mil servidores parados nos dois turnos de trabalho.

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Paralisação de servidores públicos muda rotina em Itajaí

Greve dos servidores de Itajaí se encaminha para o quarto dia sem acordo

Em reunião nesta sexta-feira, o prefeito ofereceu duas opções de reajuste ao sindicato da categoria. A primeira delas era dar 7% de aumento dividido em duas parcelas (maio e novembro) e voltar a negociar mais 2,39% em agosto, se a arrecadação municipal melhorar. A segunda opção era pagar os 9,39% de reposição salarial em novembro. Bellini também manteve o reajuste de 10,36% no vale-alimentação.

Na assembleia os servidores parados votaram pela continuidade da greve. Um documento informando a decisão deve ser protocolado pelo sindicato na prefeitura. Ainda não há previsão para novas negociações.

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O impacto da paralisação continua afetando principalmente o setor de Educação, com mais de 20 creches fechadas e algumas escolas atendendo parcialmente. Na saúde, as unidades dos bairros mantêm 30% do atendimento ao público. Serviços essenciais, como PA do São Vicente, UPA do Cordeiros e Samu, funcionam normalmente.

A greve também tem feito crescer a demanda nos hospitais da cidade. O Pequeno Anjo, por exemplo, teve aumento nos atendimentos nesta semana – algumas crianças chegaram a esperar por quatro horas.