A greve dos servidores municipais de Joinville está mantida. Na tarde desta sexta-feira, o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) recusou a proposta da Prefeitura de Joinville de conceder um reajuste de 4% retroativo ao salário de maio e 1,56% a partir de novembro. Com isso, na próxima segunda-feira, o funcionalismo público começará a paralisação.

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O início da greve será marcado por um ato em frente à sede do governo, na segunda, a partir das 9 horas. Na assembleia dos servidores desta sexta, que reuniu cerca de mil trabalhadores, foram lembrados todas as etapas da negociação e depois foi colocada em discussão a proposta. Com a recusa por unanimidade do que foi sugerido pelo prefeito Udo Döhler (PMDB), o presidente Ulrich Beathalter ainda buscou uma última conversa com o peemedebista para tentar uma nova proposta antes de oficializar a paralisação.

– Não há prova alguma de se o reajuste for concedido, a Prefeitura ultrapasse o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não há nada que prove, logo, isso é uma decisão política do governo para economizar – , disse Ulrich.

O prefeito argumenta que a proposta sugerida pela Prefeitura é a única que garante o pagamento integral dos salários – houve parcelamento em janeiro – e não compromete o orçamento da administração municipal para o restante do ano.

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– Estamos sendo responsáveis. Não podemos gastar mais do que temos. Mantemos nossa disposição para o diálogo, mas isso é o máximo que podemos pagar -, disse Udo.

Sem nenhuma mudança nos termos sugeridos, os servidores votaram a favor da paralisação. Na pauta de reivindicações, que conta com 47 itens, a Prefeitura de Joinville se comprometeu com 12 dos pedidos. O mais importante, que é o reajuste, ficou bem abaixo do esperado pelo Sinsej. O órgão sindical quer 7,1% de inflação, acrescido de mais 5% de aumento real, totalizando 12,16%.