Os servidores municipais se reúnem hoje a partir das 15h30min em frente à prefeitura de Blumenau para debater a proposta de reajuste salarial feita pelo Poder Executivo. O reajuste de 3% não foi bem recebido pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintraseb), que pretende defender a paralisação como forma de pressionar a prefeitura a rever a proposta. O documento deve estar aprovado na Câmara de Vereadores antes do dia 2 de abril, em função do ano eleitoral.
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::: Servidores municipais fazem assembleia em Blumenau
A coordenadora geral do Sintraseb, Sueli Adriano afirma que a categoria tinha a esperança que a prefeitura cumprisse o acordo que colocou fim à greve de 2014: reposição do INPC mais 1% de ganho real. No cenário atual, o reajuste pleiteado pela categoria seria de cerca de 12%. Sueli tem cautela ao falar sobre o assunto:
– Temos que ver os dois lados. A crise econômica tem dificultado as prefeituras a fazer o repasse. Mas se não houver o reajuste como que o trabalhador vai gastar no comércio, se ele também foi achatado. É um efeito dominó – analisa.
Sintraseb e prefeitura reuniram-se ontem para debater o assunto e o secretário de Administração, Roni Wan Dall, garante que as negociações continuarão. A crise econômica enfrentada pelo país e a consequente diminuição da arrecadação tributária é a causa citada como origem do impasse. Ele afirma que é impossível garantir um repasse maior do que 3% sem comprometer os cofres do município.
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– O reajuste proposto nos dá a garantia de manter os pagamentos em dia e não precisar parcelá-los no futuro – aponta.
A categoria também luta pela revisão da tabela salarial iniciando pelos menores salários e hora atividade para os profissionais do magistério. Segundo a lei federal, os professores têm direito de reservar 33% da carga horária para as atividades pedagógicas, como preparação das aulas e correção de provas, para não utilizarem tempo de descanso.