O prefeito de Joinville, Udo Döhler, dá sinais de que aceita reduzir de oito para quatro o número de parcelas de reajuste dos salários dos servidores municipais. Explicou que “gosta da ideia” em conversa com “AN” nos corredores da Expoville, antes do almoço com empresários presentes à Expogestão, nesta sexta-feira. Afirma que considera “bem razoável” esta possibilidade.
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Até agora, a posição dos negociadores do Executivo era de conceder a inflação em oito vezes. A nova proposta deverá ser apresentada na segunda-feira. A oferta, a ser feita formalmente em reunião na Prefeitura, é uma tentativa de conter uma possível greve. Os servidores rejeitam o pagamento da inflação em oito parcelas, como quer a Prefeitura.
No ponto mais discutido da negociação salarial deste ano entre Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Sinsej) e Prefeitura, o sindicato pede a reposição da inflação com base no INPC (8,34%) mais 3% de ganho real.
Nesta sexta, o Sinsej baixou o pedido de ganho real de 5% para 3%, e o vale-alimentação de R$ 572 para R$ 400, mas mantém a cobrança de inflação em uma vez. A Prefeitura oferece os 8,34% em oito parcelas pagas até dezembro.
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A greve dos servidores de Joinville foi adiada em votação realizada na manhã desta sexta-feira, em frente à Prefeitura. Os funcionários públicos vão aguardar o resultado de uma nova mesa de negociação, marcada para a próxima segunda-feira, às 14 horas, no gabinete do prefeito.
O presidente do sindicato, Ulrich Beathalter, foi chamado pelo secretário de Gabinete pouco antes de a assembleia começar. Como Udo não estava na Prefeitura, foi negociada a data da nova tentativa de acordo. Após o encontro de segunda, representantes do Sinsej vão se reunir às 19 horas.
A próxima assembleia para votação da nova proposta do governo será no dia 8 de junho, às 9 horas, em frente à Prefeitura. Segundo Ulrich, o sindicato irá manter a pauta de reivindicações. A votação para manter estado de greve ou paralisar foi mantida na assembleia da manhã desta sexta. Apenas 14 servidores votaram pela paralisação.
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Assim que a assembleia foi encerrada, professores da rede estadual se juntaram aos servidores municipais para o ato público nacional. O grupo seguiu até a praça da Bandeira.
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Entenda:
O que pede o sindicato:
– Reposição da inflação com base no INPC (8,34%) mais ganho real de 3%.
– Regulamentação da revisão mensal dos salários, o famoso gatilho salarial.
– Aumento no valor do vale-alimentação para R$ 400 por mês.
– Reposição de todos os valores descontados das folhas de pagamento pela participação na greve de 2014.
– Extensão da gratificação de alta complexidade para todos os servidores do Hospital São José.
O que oferece a Prefeitura:
– Reposição da inflação com base no INPC (8,34%), dividida em oito vezes, de maio a dezembro.
– Dispensa do registro do ponto biométrico na intrajornada dos agentes comunitários de saúde (reivindicação específica do setor).
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– Extensão da gratificação de alta complexidade apenas ao setor de oncologia do Hospital Municipal São José.
– Fim da hora-termo no magistério, acordada em campanha salarial anterior, mas sem resolução até o momento.
– Regulamentação do gozo da licença-prêmio em até seis meses após o requerimento.