Em assembleia no final da tarde desta quarta-feira os servidores municipais de Blumenau decidiram manter a greve, apesar da nova decisão judicial que dobra a multa ao sindicato e pode culminar na prisão da coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb), Sueli Adriano. Na manhã desta quarta-feira eles voltam a se reunir na praça Victor Konder a partir das 8h. Sueli disse que não esperava que a resposta da Justiça fosse nestes termos e que a assessoria jurídica do sindicato já está preparando novo recurso:
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– Entendo que o juiz que tomou esta decisão não leu nossa defesa, porque todos os documentos que ele disse que faltavam estavam lá. Vamos continuar com a greve e já estamos montando a defesa para entregar o mais rápido possível.
Além da reunião, os servidores prometem manifestos e passeatas pela cidade durante o dia de hoje. A coordenadora do Sintraseb classificou como triste a posição do governo de “judicializar” a negociação:
– A nossa luta e o diálogo têm quer feitos com o prefeito e não com a Justiça, e isso não está acontecendo.
Sobre o pedido de desconto dos dias parados em folha de pagamento feito pela prefeitura, o desembargador compreende que a deflagração da greve corresponde à suspensão do contrato de trabalho, mas decidiu adiar a análise do pedido.
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Com greve total não há negociação
A esperança do governo municipal é que, com a nova decisão judicial, os servidores voltem ao trabalho. Para o secretário da Fazenda e porta-voz da prefeitura para a greve, esta seria a atitude de maior bom senso dos servidores e do próprio sindicato neste momento.
– O que nós esperamos é que eles tenham esse entendimento de cumprir a determinação e convoquem os servidores para voltar a prestar atendimento na educação e na saúde para que a cidade possa voltar ao seu dia a dia normal. Depois disso podemos voltar a conversar, como estamos fazendo desde o início da gestão _ afirma Fernandes.
Segundo o secretário, a prefeitura não acredita que os servidores mantenham a greve por mais tempo, exatamente por se tratar do descumprimento de duas decisões judiciais. Ele entende que só com a flexibilização do movimento é que será possível retomar as negociações:
– O governo está dando agora todas as oportunidades para que possamos continuar trabalhando em benefício do servidor e da cidade, não podemos jogar fora o que já avançamos em um ano e meio.
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