Taxistas que não fazem corridas curtas, taxímetro desligado e falta de táxis são algumas das reclamações comuns da população em Florianópolis sobre o serviço. Conforme dados do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Florianópolis, no ano passado foram 250 reclamações registradas na entidade, uma média de cinco por semana. O relato nas redes sociais de um homem que diz ter sido agredido por um motorista em Florianópolis levantou a questão sobre as reclamações. O taxista acusado pelo homem negou as acusações.
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O presidente do sindicato, Zulmar de Faria, considera o número baixo diante da quantidade de corridas. Faria cita que cada táxi faz uma média de 25 atendimentos por dia, o que dá, por ano, cerca de 4 milhões de atendimentos.
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Para Valmir Piacentini, secretário de Mobilidade Urbana de Florianópolis – órgão fiscalizador dos táxis -, o número de reclamações não expressa a realidade:
– Esse número é baixo, porque as pessoas não estão acostumadas a reclamar. É preciso fazer mais queixas para resolvermos o problema.
Outra reclamação constante é a falta de táxis. Florianópolis conta com 470 veículos rodando. Com o edital aberto, mais 100 serão licenciados e outros 100 estarão como cadastro de reserva para serem incorporados de acordo com a necessidade, afirma o secretário. Piacentini diz que se estipula pelo menos um veículo para cada 800 habitantes.
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– Faltam táxis, e o serviço ainda não é bom. O problema se agrava no verão, porque não podemos considerar apenas a população de Florianópolis.
O presidente do sindicato dos taxistas, Zulmar de Faria, diz que o número de táxis é suficiente, o problema é a mão de obra.
– É importante reclamar quando tiver algum problema, porque assim teremos um serviço de primeira qualidade.
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O que diz a lei
A lei nº 085/01 trata sobre o serviço de táxi no município de Florianópolis e dá outras providências. Confira quais são as normas para o serviço dos taxistas:
Passageiros/ bagagem
Não pode recusar atendimento ao usuário em preferência a outros, exceto no caso de gestantes, doentes físicos e idosos.
Não pode recusar o transporte, exceto nos casos de passageiros embriagados que possam causar danos ao veículo ou motorista.
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Não pode seguir itinerário mais extenso ou desnecessário, salvo com autorização do usuário.
Deve efetuar o transporte de usuários em número compatível com a capacidade de passageiros prevista para o veículo.
Não pode impedir o transporte de animais de pequeno porte ou de cão-guia.
Deve fornecer troco ao passageiro.
Não pode agredir verbalmente ou fisicamente o passageiro.
Será obrigado a levar a bagagem do passageiro até o limite da capacidade do veículo, sem o pagamento de qualquer valor adicional.
Não será cobrada tarifa adicional pelos equipamentos de locomoção dos deficientes físicos.
Veículo
Deve fazer manutenção ao veículo e seus equipamentos, mantendo-os em perfeitas condições de conservação e funcionamento.
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Deve zelar pelo taxímetro.
Deve apresentar o veículo em perfeita condições de conforto, segurança e higiene.
Não pode portar armas, ingerir bebida alcoólica ou comer no interior do veículo.
Tarifa
Deve cobrar do usuário o valor de acordo com o montante indicado no taxímetro, exceto quando houver autorização do Órgão Gestor.
A utilização da bandeira 2 fica restrita ao período compreendido entre 20h e 6h horas de segunda a sábado e em tempo integral aos domingos e feriados, até as 6h do dia subsequente.
Serviço
Deve estabelecer, em conjunto com os demais permissionários, escala de serviço de forma a manter atendimento normal e ininterrupto, inclusive nos períodos noturnos e aos sábados, domingos e feriados, com no mínimo 50% da frota.
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Não pode abastecer o veículo quando o mesmo estiver conduzindo passageiros.
Se descumprir as regras…
Cabe advertência escrita, multa, cassação do registro de condutor ou da permissão.