Uma suposta agressão por parte de um taxista em Florianópolis ganhou repercussão nas redes sociais neste final de semana. O usuário, que estava acompanhado da namorada, alega que o taxista se recusou a ligar o taxímetro, que foi ameaçado com uma barra de ferro e levou socos. O taxista se defende dizendo que o casal estava bêbado e ameaçou sujar o veículo. Um boletim de ocorrência foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia da Capital.
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Conforme informações do usuário Fabio Souza Pereira, que fez a denúncia, o taxista alegou que o taxímetro estava desligado, porque o serviço ocorreria desta forma durante a madrugada.
Segundo Pereira, para uma corrida que custaria R$ 15, do bairro Centro ao Agronômica, na bandeira 2, o taxista queria cobrar R$ 25. Ao tentar entender o motivo da mudança, Pereira e a namorada dizem que foram ameaçados com uma barra de ferro e Pereira levou socos. O episódio aconteceu às 4h da manhã de domingo. A denúncia foi feita na 1ª Delegacia de Polícia da Capital e o rosto do taxista divulgado nas redes sociais.
O taxista Valter Martins dos Santos, de 63 anos, se defende e diz que os jovens estavam bêbados. Ele afirma ter pego os jovens na saída de uma danceteria, na rua Pedro Ivo. Ao ameaçarem vomitar dentro do carro, foram alertados que, se sujassem o veículo, teriam que pagar R$ 25 a mais pela corrida.
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– Estavam completamente bêbados. Vê se eu tenho idade para brincar com isso. Ainda vou perder meu emprego por conta de uma mentira. Eu sou da paz, jamais agrediria alguém.Quando falei em cobrar mais se eles sujassem o carro, eles ficaram agressivos e foi quando parei o carro. Eles mesmo davam pontapés no táxi e caíam no chão. Se machucaram sozinhos – conta Santos.
Pereira garante que eles não estava bêbados e em nenhum momento falaram em vomitar no carro.
Versão de Pereira, que ganhou espaço nas redes sociais.
A proprietária do táxi é Verlane Puel, que não atendeu as ligações para se pronunciar sobre o caso. Porém, segundo Santos, ela já o afastou do trabalho.
Segundo Pereira, ele fará um exame de corpo de delito na tarde desta segunda-feira, dia 1, para anexar ao boletim de ocorrência aberto contra o taxista. Pereira conta que levou dois socos e tem marcas no rosto para comprovar.
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Sindicato emite nota de repúdio
O Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Florianópolis emitiu nota de repúdio à suposta agressão do taxista:
“Em atenção ao lamentável episódio relatado […] o Sinditáxi de Florianópolis vem a público repudiar a atitude do taxista.O Sinditáxi representa em torno de 3 mil taxistas da Capital e região metropolitana, e prima pela prestação de um serviço de qualidade. Somos uma categoria formada por pessoas honestas e trabalhadoras, em sua maioria. Infelizmente o desserviço praticado por poucos denigre a imagem de todos”
– O sindicato é totalmente contra esse tipo de coisa – afirma o presidente da entidade, Zulmar de Faria.
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Valmir Piacentini, secretário de Mobilidade Urbana – órgão fiscalizador dos táxis – afirma que o taxista será suspenso da atividade e o permissionário também será chamado para assumir a responsabilidade, embora não haja punição prevista em lei, conforme afirma o secretário.
Para fazer uma reclamação do serviço de táxi em Florianópolis:
Ligue para o Sinditáxi: (48) 3223-2635 ou para a Ouvidoria da secretaria de Mobilidade Urbana: (48) 3324-1517
É importante registrar um boletim de ocorrência, além de anotar o número do táxi, que consta na lateral do veículo, e informar o horário da corrida.
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