O Conselho Nacional de Pesca (Conepe) ainda aguardava nesta quarta-feira a publicação da sentença sobre as espécies em extinção para apelar ao Tribunal Regional Federal (TRF), numa tentativa de reverter a decisão.
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– É tudo em nome da proteção ambiental mas as coisas não são transparentes, é tudo imposto. A gente ouve falar em gestão, mas parece que não existe boa vontade de fazer – afirma o presidente da entidade, Alexandre Spongeiro.
Decisão judicial faz valer nova lista de espécies em extinção
Em nota, o Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) mencionou preocupação em relação a uma provável “insegurança jurídica” e as consequências para os barcos que estão em alto-mar. O presidente do Conepe concorda:
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– Os barcos levam até 20 dias pescando, e o que tem a bordo, vai se jogar fora? Será covardia se autuarem. Já se descartam toneladas de pescado por causa dessas proibições – diz.
Impactos da lista de espécies em extinção são avaliados em estudos sobre manejo
O Sindipi ainda não tem estimativas sobre as perdas que vão resultar da proibição de captura das espécies. Na quarta, técnicos do sindicato começavam a fazer o levantamento dos prováveis prejuízos. No ano passado, o setor calculava que a lista reduzisse em até 50% o volume de capturas – número que parece superestimado, já que nem todas as espécies que são alvo de restrição são capturadas pela frota catarinense.