A sequência de agressões que os funcionários do transporte público de Blumenau vêm sofrendo nos últimos dias motivou a paralisação desta segunda-feira. Em sete dias foram pelo menos três ocorrências. A mais grave aconteceu na quinta-feira no Terminal do Aterro, quando um grupo de homens teria investido contra um funcionário da empresa Nossa Senhora da Glória por volta das 17h.
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O assessor do Sindetranscol, Ricardo Freitas, argumenta que a confusão foi generalizada e que foram encontradas quatro armas, entre elas uma faca e um canivete. A Polícia Militar (PM), que já registrou as outras ocorrências, foi acionada mais uma vez, revistou suspeitos e conteve a situação. As imagens foram gravadas pelas câmeras, mas o Consórcio Siga não as divulgou. Uma cobradora também foi agredida dentro de um ônibus no último sábado.
– A situação é urgente. Não avisamos por causa disso. O que poderia ter acontecido em quatro ou cinco dias? – questiona.
Confira a Galeria de Fotos:
O presidente do Seterb, Erivaldo Nunes Caetano Junior, o Vadinho, explica que a autarquia monitora a situação:
– As imagens são fatos normais. Não é uma coisa que deveria ser normal, mas são fatos que já ocorreram nos outros terminais. São discussões e ações de vândalos – avaliou o presidente da autarquia.
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O Seterb tomou algumas medidas para tentar minimizar os efeitos da paralisação no cotidiano das pessoas, mas ainda não há informações sobre o fim da manifestação. Estuda-se a possibilidade de liberar o transporte particular para transportar as pessoas e o trânsito nos corredores de ônibus também foi liberado, com excessão do localizado na Rua Dois de Setembro na Itoupava Norte, que funciona contrária aos veículos. Os táxis também foram liberados dos pontos fixos e agora podem pegar passageiros em qualquer lugar da cidade.
Siga acredita que melhorias não devem se reverter em segurança
O advogado do grupo do Consórcio Siga, Antônio Marchiori explica que o consórcio de empresas se comprometeu com o cronograma de melhorias proposto pelo Seterb e iria executá-lo independentemente da paralisação de hoje. Estão previstos monitoramento através de câmeras de segurança, investimentos em iluminação pública e novas catracas nos terminais. De acordo com o Siga, somente o investimento em novas catracas nos terminais resultaria em investimento de R$ 150 mil.
– Me parece que essas medidas não vão colocar fim à criminalidade e resolver situações isoladas como assaltos, agressões e tráfico. Chamo a atenção da comunidade que esse é um problema de segurança pública. O Siga não pode garantir a segurança das pessoas, mas vamos colaborar e informar através do monitoramento o que está acontecendo – disse Marchiori.
O assessor jurídico do Seterb está em Florianópolis para solicitar ao Ministério Público do Trabalho que decida pela retomada do serviço – mesmo que parcialmente – em Blumenau. Cerca de 1,3 mil trabalhadores estão paralisados na cidade.
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