O júri popular do caso de decapitação de Israel de Melo Júnior pode terminar antes do que o previsto em Joinville. O julgamento começou na segunda-feira e a previsão inicial para término era na quarta. Entretanto, segundo a 1ª Vara Criminal da cidade, a sentença pode ser anunciada ainda nesta terça-feira.

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Começa júri popular sobre o caso de decapitação em Joinville

A sessão permanece com as portas fechadas, nem familiares da vítima ou dos réus tiveram acesso à sessão. Segundo o juiz, Walter Santin Junior, a decisão foi tomada pensando na proteção dos envolvidos. Das 21 testemunhas previstas no processo, 15 foram interrogadas na segunda-feira, as demais receberam dispensa. Os réus: Leonardo Felipe Bastos, 19 anos; Luciano da Silva Costa, 23; Henrique Alexandre Guimarães, 21; Jonathan Luis Carneiro, 21; e Thomaz Anderson Rodrigues, 18, também foram ouvidos no primeiro dia.

‘A vida já tirou tudo o que eu tinha’, disse Israel, meses antes de ser assassinado

Os acusados Valter Carlos Mendes, 34 anos, e Carlos Alexandre de Melo, 27, foram desmembrados do processo original e serão julgados separadamente. Neste segundo dia de júri, teve início a fase de debates entre acusação e defesa.

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Os sete denunciados estão sendo julgados por sete crimes: cárcere privado (duas vezes) contra duas pessoas, que foram usadas como isca para atrair Israel; homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe (briga entre facções); tortura e dissimulação (forma com que a vítima foi atraída); destruição de cadáver; ocultação de cadáver; vilipêndio (exibição da decapitação em vídeo); e formação de quadrilha.

Relembre o caso

O jovem Israel de Mello Junior, de 16 anos, foi atraído para uma emboscada durante o sequestro de outras duas pessoas. Ele foi mantido em uma casa no bairro Ulysses Guimarães, onde foi torturado. Após a morte de Israel, sua cabeça foi cortada com golpes de machado e deixada em uma mochila no bairro Jardim Paraíso. A sacola foi localizada por moradores no dia 2 de fevereiro do ano passado. Um vídeo, gravado pelos criminosos, circulou nas redes sociais mostrando o crime.

O jovem foi apresentado ao mundo das drogas durante a adolescência, segundo informações reveladas por testemunhas ao ‘AN’ na época do crime. Os depoimentos revelaram a ausência de perspectiva do adolescente, que se envolveu com o mundo do crime em menos de dois anos até a morte com requintes de crueldade, em 2016.