Sem clube, brasileiro concorrente ao Prêmio Puskas fala sobre fama repentina

Wendell Lira, atacante de 26 anos, que começou a carreira no Goiás e que nos últimos cinco anos já rodou por oito clubes diferentes, acaba de ganhar fama mundial. Afinal, o jogador fez um golaço de voleio quando defendia o Goianésia contra o Atlético-GO, no Campeonato Goiano. E conseguiu a façanha de se tornar finalista do Prêmio Puskas, troféu que a Fifa concede ao jogador que faz o gol mais bonito do ano.

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O atacante, que depois do Goianão acertou com a Tombense e logo rescindiu o contrato, disse que levou um susto quando soube que foi escolhido para concorrer ao lado de jogadores como Messi e Tevez.

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– Eu estava almoçando na casa da minha mãe. Aí começaram os telefonemas. Era muita ligação e meus familiares me perguntavam se eu queria atender ou não. Aí disse que estava comendo e que iria deixar para depois. Só que não parava de tocar. Aí vimos nas redes sociais. Só que eu achava que era alguma pegadinha de quem vive brincando. Mas quando comecei a atender as ligações, era gente de Portugal, da Espanha, dos jornais. Aí eu comecei a acreditar nessa história – disse Wendell Lira ao SporTV.

O atacante comentou o gol, marcado na vitória do Goianésia por 2 a 1 sobre o Atlético, em partida válida pela quarta rodada do segundo turno da competição.

– Foi uma jogada toda muito bonita. o Nonato acreditou na jogada me deu o passe, toquei para o Da Matta e nesse momento bola levantou um pouco. Foi ali que ele me achou na área. Eu só tinha aquela opção e fui feliz fazendo o gol.

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O gol, que abriu o placar aos 28min do primeiro tempo, foi visto por poucos torcedores no estádio. Como o Goianésia é um time pequeno e o Atlético Goianiense fazia péssima campanha (nem se classificou às semifinais), apenas 389 torcedores estavam naquela noite no Serra Dourada, e a renda foi de apenas R$ 3.180. Entretanto, a vitória foi importante para levar o Goianésia à semifinal do Estadual – em que o time acabou caindo para o Goiás.

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Wendell Lira também falou sobre o seu período na Tombense, quando foi dispensado por uma discussão com o técnico, e afirmou que espera uma guinada na carreira após a participação no prêmio.

– Durante o Campeonato Goiano fiz excelente trabalho. Depois do fim do contrato com o Goianésia, estudei propostas e acabei optando pela Tombense. Chegando lá, houve um desentendimento do treinador com a diretoria em torno do meu nome. Acabei rescindindo e voltando para casa. Estou sem emprego há dois meses e esperando alguma proposta. Estou numa idade boa e já tenho proposta para 2016, só que esse gol pode alavancar muita coisa. Porém eu tenho meus pés no chão. Vou torcer para poder voltar a jogar em um time grande, como foi no Goiás, onde eu fiquei um tempão – completou.

*LANCEPRESS