A semana começa com a confirmação de greve por parte do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma (Siserp). Cerca de 4,5 mil funcionários pedem reajuste salarial de 8,3% e a manutenção de alguns benefícios que o Executivo municipal pretende retirar. Na contraproposta, a prefeitura ofereceu 7,64% aos professores e 4,57% aos demais servidores. O sindicato não aceitou e os trabalhadores estão parados. Na tarde desta segunda-feira, uma nova assembleia será realizada para discutir a manutenção da greve.
Continua depois da publicidade
Cerca de 18 mil alunos das escolas e creches municipais serão afetados com a paralisação, com exceção dos que frequentam os 31 Centros de Educação Infantil (CEIs) mantidos pela Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc). Já na área da saúde, o atendimento está restrito aos dois pronto-atendimentos 24 horas, nos bairros Próspera e Boa Vista.
Cupom alimentação, abono de férias, bolsa de estudo, assistência médica e redução da jornada de trabalho também são reivindicações que foram discutidas entre as partes, mas que não chegaram ao acerto. O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) disse que não pagará o salário dos dias parados e que vai entrar na Justiça para que os servidores que queiram trabalhar não sejam impedidos pelo sindicato.
— Direito nenhum foi retirado, sob hipótese alguma. Agora, alguns privilégios, sim — resumiu o prefeito.
Em nota, a administração municipal explica que estudou e debateu a pauta de reivindicações da categoria com prudência e responsabilidade, mas que em função do momento econômico, não é possível aceitar todos os pedidos. O comunicado reforça que os direitos previstos na Constituição, Legislação Trabalhista, da Legislação Municipal, por meio de seu estatuto de Lei Complementar 012/99, 013/99, 014/99 e demais legislações, serão respeitados e cumpridos pela prefeitura.
Continua depois da publicidade
Os servidores estão em estado de greve desde o dia 12 de maio. Na semana passada, pararam durante um dia. A presidente do Siserp, Jucélia Vargas, diz que a adesão à greve é de cerca de 80% dos trabalhadores, e que apesar das reuniões com o Executivo municipal para buscar um acordo, não foi possível chegar a um senso comum entre as partes. Durante o dia, eles se concentram em frente ao paço municipal e na sede do sindicato.
— Não estamos falando em ganho, mas na questão da retiradas de benefícios dos servidores que já os têm — argumenta.
Leia mais:
Audiência da Coletivo Itajaí termina sem acordo e motoristas podem entrar em greve
Motoristas e cobradores de Florianópolis decidem se entram em greve na próxima terça-feira
Servidores de Florianópolis decidem na terça-feira se entram em greve