Está marcada para a tarde da próxima terça-feira (6) a assembleia dos servidores de Florianópolis que decidirá pelo começo ou não de mais uma greve no serviço público da Capital. Um dia antes, prefeitura voltará a se reunir com a categoria para tentar entrar em acordo com a categoria, que em 24 de maio aprovou estado de greve, segundo o secretário municipal de Administração, Everson Mendes.

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Do lado do sindicato dos servidores (Sintrasem), a opinião é de que a prefeitura não está se esforçando para evitar a segunda greve do ano. Segundo o presidente Alex Santos, não houve qualquer avanço significativo nas principais cláusulas pedidas pelo sindicato, e a prefeitura se recusa a pagar até mesmo a inflação do período (4,08%).

— Parece que o Gean quer provocar uma greve, o que é triste. Quem diria um tempo atrás que a inflação estaria em 4%? A prefeitura tem totais condições de absorver e nem isso eles querem dar — diz Santos.

Ainda segundo o representante do Sintrasem, a categoria está chateada, pois a prefeitura não cumpriu acordo que previa um aumento de 1% no salário de abril e ainda descontou linearmente o dia parado da greve geral, em 28 de abril.

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— Se não houver avanços, inevitavelmente vai ter greve. A prefeitura diz que está acima do limite prudencial, mas recentemente nomeou 300 cargos comissionados — complementa o presidente do Sintrasem

A pauta de reivindicações dos servidores inclui um aumento real de 5%, a realização de concurso público para vagas em aberto, auxílio-alimentação de R$ 22 para todos os servidores, o pagamento de promoções atrasadas e retroativas e que a prefeitura volte a pagar a cota previdenciária patronal.

Do lado da prefeitura, o discurso é de que, por estar acima do limite prudencial, não há como oferecer quaisquer reajustes aos servidores.

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– No nosso último encontro, considerei que avançamos bastante nas negociações, mas nada oficial ainda. Debatemos todos os temas das cláusulas durante três horas. Pensamos que vamos avançar ainda mais na segunda-feira, com a participação também de mais secretários municipais, como saúde, educação e assistência social – afirmou Mendes.

Caso se confirme, essa será a segunda greve em menos de seis meses da administração Gean Loureiro (PMDB). A primeira durou 38 dias e acabou em 23 de fevereiro.

Veja abaixo a nota enviada pela prefeitura

A Prefeitura de Florianópolis tem conversado com o sindicato desde o início da data-base, demonstrado interesse em atender demandas dos servidores. Os pedidos que não demandam impacto financeiro têm avançado entre ambas as partes. Já os que causam despesas de recursos, têm esbarrado nos problemas financeiros do município. A administração segue conversando com o sindicato para achar um acordo que possa beneficiar os servidores e evitar uma paralisação prejudicial à população“.

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