Quem vai pagar a conta de luz da ponte Anita Garibaldi ainda é uma incógnita. Nesta segunda-feira à tarde, o prefeito de Laguna, Everaldo dos Santos e o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) em SC, Vissilar Pretto, não chegaram a um consenso após reunião em Florianópolis. O prefeito defende que o município não tem condições de arcar com a despesa de R$ 120 mil por ano com a iluminação. O DNIT, por sua vez, diz que buscou o menor custo com a instalação de lâmpadas de LED e que nada mais pode ser feito, já que segue o parecer da Advocacia Geral da União (AGU).

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A estrutura de três quilômetros de extensão que promete desafogar um dos maiores gargalos da região Sul da BR-101 será inaugurada no fim do mês de maio. Por até 40 dias, o DNIT mantém acesas as lâmpadas de LED da ponte por meio de geradores. Depois disso, não há garantias de que a estrutura permanecerá iluminada.

– Não houve um entendimento. Precisamos ter uma compensação do DNIT já que é uma obra federal que vai beneficiar não só Laguna, mas todo o Sul do Brasil- defende o prefeito.

De acordo com o DNIT, a prefeitura pode utilizar da taxa da Cosip e a iluminação da ponte gerará um gasto médio de R$ 7 mil por mês. Na primeira quinzena de abril, o prefeito de Laguna levará a discussão para Brasília onde tentará argumentar com o Ministério dos Transportes formas de pagamento desta conta ou mesmo uma contrapartida para a pavimentação do anel viário para Cabeçuda, na região.

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Fiesc defende concessão

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, lembra que o trecho entre Paulo Lopes (SC ) e Osório (RS), de 307 quilômetros de extensão, é o único não concessionado na BR-101 em SC. Um estudo feito pela Federação em julho de 2014 apontou que trechos já duplicados não estão recebendo manutenção e uma das medidas seria considerar a possibilidade de concessão da rodovia. Com isso, a manutenção e o pagamento da conta de iluminação da ponte, por exemplo, seriam responsabilidade da concessionária, lembra o presidente da Fiesc.

– A iluminação de uma ponte como esta não pode ficar a cargo de uma prefeitura por ter um custo muito elevado – observa.