Dos sete presos pela Operação Blindagem da Polícia Federal (PF) na quinta-feira, seis foram liberados e apenas o ex-secretário de Turismo de Florianópolis e ex-deputado Mário Cavallazzi permanece preso. Os investigados soltos haviam tido prisão temporária decretada e a medida foi encerrada após os depoimentos, conforme informou a assessoria da Justiça Federal.
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Já o ex-secretário, o único que teve prisão preventiva decretada — em que não há prazo estabelecido para a medida terminar —, está no complexo prisional da Agronômica. O depoimento estava previsto para sexta-feira.
— Ele (Cavallazzi) está no sistema prisional. Era para ser ouvido hoje (sexta), a Polícia Federal ficou de me chamar, mas o depoimento não aconteceu — disse o advogado Francisco Ferreira, defensor de Cavallazzi.
Todas as prisões foram decretadas pela juíza da 7ª Vara Federal de Florianópolis, Claudia Maria Dadico. A assessoria da Justiça Federal informou que o inquérito está em sigilo e não dará informações sobre as decisões enquanto não houver recebimento de denúncia criminal do caso.
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Na PF, o depoimento de Cavallazzi será o último entre os investigados. Os procedimentos são coordenados pelo delegado Christian Barth, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvios de Verbas Públicas. A PF não divulgou o teor dos interrogatórios até aqui, apenas que os laranjas estão colaborando com a apuração.
São investigados crimes financeiros e de lavagem de dinheiro, além de indícios de uma organização criminosa que usaria laranjas e empresas de extração de areia e argila em Santa Catarina para ocultar patrimônio. Apenas em relação a Cavallazzi, conforme a PF, há suspeita de ocultação de bens com valor superior a R$ 10 milhões.
Para a defesa dele, esse valor divulgado pela PF é estratosférico e não representa a realidade:
— Ele (Cavallazzi) adquiriu uma fazenda em 1999, que foi leiloada por dívida, pois não pagou o empréstimo (R$ 3,5 milhões) que fez com o BNDES (para uma fazenda de gado leiteiro). Tudo isso será esclarecido. Não há provas de nenhum crime — declarou o advogado, garantindo a inocência do cliente.
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