Seis moradores de Joinville contraíram Gripe A, do tipo H3N2, neste ano no município. Os dois casos mais recentes foram identificados em crianças com idades entre um e dois anos. As ocorrências foram confirmadas na manhã desta quinta-feira pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Florianópolis. Neste ano, ainda não houve registro do vírus H1N1 na cidade.
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O número de casos é considerado irrisório ao se considerar a população de Joinville, mas preocupa as autoridades de saúde ao se levar em conta que uma fatia importante da população tem acesso a vacina, observa a responsável técnica pela imunização na cidade, Maria Goreti Cardoso.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a criança de dois anos já se recuperou e recebeu alta do Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria. O menino de um ano permanece internado na unidade, mas responde bem ao tratamento.
Os quatro moradores que contraíram a doença em abril e junho deste ano não tomaram a vacina. Entre eles, há uma criança de três anos e um idoso de 90 anos, que compõem os grupos de risco da campanha de imunização, além de dois adultos com 42 e 55 anos, informa Goreti.
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No entanto, uma das crianças que contraiu o vírus recentemente recebeu a vacina. De acordo com Goreti, isso possivelmente ocorreu porque a criança podia já estar infectada com o vírus quando tomou a vacina, ou ela entrou em contato com o H3N2 nos 15 dias, em média, que leva para a imunização fazer efeito.
Ainda há vacinas disponíveis nos postos de saúde de Joinville para as pessoas que compõem os grupos de risco (crianças de seis meses a cinco anos, pessoas com doenças crônicas, gestantes, mães que praticam a amamentação exclusiva e pessoas que tenham idade a partir dos 60 anos).
Conforme Goreti, apesar de a vacina ter uma eficácia menor no adulto portador de doença crônica e usuário de medicação contínua, é de extrema importância a imunização deste público.
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– A vacina sempre gera algum grau de proteção – garante a responsável técnica pela imunização.
Goreti também alerta que quanto maior as quedas de temperatura no inverno, mais ocorre a multiplicação do vírus da Gripe A. Como os sintomas da fase crítica da doença se assemelham ao de outras, como febre intensa e dificuldade para respirar, é comum, segundo ela, as pessoas ficarem em casa por julgarem que vão melhorar, quando na verdade estão piorando.
Cuidados
A Secretaria Municipal da Saúde alerta os moradores para que redobrem os cuidados para evitar o contágio pelo vírus da gripe H1N1, nesta época do ano. Medidas simples como lavar as mãos com sabão, deixar os ambientes de casa e do trabalho arejados, agasalhar-se bem e cobrir o rosto com lenço descartável quando tossir ou espirrar são essenciais para evitar a proliferação da doença.
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Os principais sintomas da Gripe A são febre acompanhada de tosse, dor de garganta e dificuldade para respirar. A pessoa que apresentar esses sintomas deve procurar uma unidade de saúde para receber o tratamento adequado.