A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) registrou 13 casos de gripe pelo vírus influenza em Santa Catarina. A síndrome é considerada grave porque pode evoluir para o comprometimento da função respiratória e, se não for tratada, até levar à morte. Mas até agora não houve registro de óbito por influenza em Santa Catarina.

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A maior incidência é de gripe A e Joinville lidera este ranking, com três moradores infectados pelo vírus até a última sexta-feira. Estes são os casos confirmados até o momento, dentro de um universo de 14 notificações de suspeita de síndrome respiratória aguda em geral.

Sem surpresas

Para a gerente da unidade de vigilância em saúde do município, Jeane Regina V. Vieira, o quadro está dentro da normalidade para esse período em comparação com outros anos. Mesmo assim, a campanha de vacinação em Joinville foi prorrogada por mais duas semanas para alcançar o maior número de cidadãos dentro do grupo prioritário.

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– Quem não está dentro do grupo prioritário, deve manter a higiene respiratória, lavando as mãos com frequência, mantendo os ambientes arejados e sempre ter um lenço de papel para proteger a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. E quem estiver doente deve evitar sair de casa – afirma Jeane.

O diretor da Vigilância Epidemiológica estadual, Eduardo Macário, também considera que a circulação dos três tipos de vírus influenza em todo o Estado está dentro do esperado.

A tendência é que, com a chegada do inverno, ocorra um aumento na circulação viral. Portanto, é fundamental que as pessoas que pertencem aos grupos prioritários procurem se vacinar o quanto antes, além de todos reforçarem as medidas de prevenção – afirma Macário.

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A partir do dia 27 de maio, a Vigilância Epidemiológica irá divulgar boletins quinzenais com dados atualizados sobre os casos de gripe por Influenza em Santa Catarina. A Secretaria de Estado da Saúde distribuiu 46.792 caixas do antiviral Fosfato de oseltamivir (Tamiflu®) este ano para todos os municípios.

– Em caso de sintomas de gripe, como febre, tosse e coriza, tendo a pessoa se vacinado ou não, é importante procurar o atendimento médico em uma unidade de saúde, pois quanto mais cedo for iniciado o tratamento, menor o risco de complicação”, explica o médico infectologista da Dive, Fábio Gaudenzi.

Confira os casos de gripe pelo vírus Influenza A e B

Influenza A (H3N2)

Joinville – 3

Florianópolis – 2

Chapecó – 2

Itajaí – 1

Morro da Fumaça – 1

Influenza A (H1N1)

Balneário Camboriú – 1

São José do Cedro – 1

Influenza B

Joinville – 1

Criciúma – 1

Perguntas frequentes

COMO É TRANSMITIDA?

A Influenza é transmitida por meio das secreções expelidas pela pessoa contaminada ao tossir, falar e espirrar ou de forma indireta pelas mãos, quando tocamos uma superfície recém-contaminada pelas secreções de uma pessoa infectada. Por isso, é importante lavar as mãos várias vezes por dia.

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SE EU ME VACINEI NO ANO PASSADO, DEVO ME VACINAR NOVAMENTE?

Sim. Além da vacina ter tipos diferentes de vírus, ela ainda não é considerada de imunidade permanente. Isto é, não é como a vacina do sarampo, que garante imunização para toda a vida. Não há estudos que comprovem por quanto tempo a pessoa fica imune ao tomar a vacina. Por esse motivo, é necessário repeti-la todos os anos.

EU NÃO PEGAREI GRIPE SE TOMAR A VACINA?

É possível que pegue. A vacina previne para subtipos específicos de gripe, que são considerados mais perigosos. O que pode acontecer é entrar em contato com os outros subtipos do vírus e ficar com sintomas leves.