O impasse envolvendo governo do Estado e as dívidas com empresas que administram a saúde catarinense ganhou novo capítulo nesta sexta-feira. Em entrevista nesta manhã, o secretário, João Paulo Kleinübing, disse que desconhece a dívida de R$ 37 milhões de reais aos hospitais filantrópicos de SC.

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Kleinübing questionou o valor que o Governo do Estado – cerca de R$ 37 milhões – teria em aberto com as entidades. Segundo o secretário, ao contrário do que diz a Associação dos Hospitais, o governo deve somente cerca de R$ 1,5 milhões e que esse valor deve ser pago nas próximas semanas. O restante do dinheiro atrasado de 2015, que gerou impasse, será pago mediante a apresentação de documentos.

— Se nós olharmos para o mutirão de cirurgias eletivas, nós estamos agora praticamente encaminhando o pagamento de abril e maio, e ficando dentro do prazo previsto. [O valor] de abril deve ter R$ 1,5 milhão aproximadamente e R$ 2 milhões do ano passado, mas não por atraso de pagamento e sim por atraso no envio de documentação — disse Kleinubing

Indagado sobre a ameaça por parte dos hospitais filantropos – responsáveis por 68% dos atendimentos no SUS – em não realizarem as cirurgias eletivas no próximo mês, Kleinübing disse desconhecer a informação e não acreditar no cancelamento das operações.

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Fim do repasse federal

O governo federal informou que não irá auxiliar nas cirurgias eletivas que ocorrerão no Estado em 2016.

— Nós suspendemos durante o mês de junho, até para aguardar a definição do governo federal, que ajudava no custeio das cirurgias eletivas e informou que não participaria no pagamento dessas cirurgias — afirmou o secretário.

Na segunda-feira, 27, o Executivo estadual recebe em Florianópolis o ministro da saúde do governo interino de Michel Temer, Ricardo Barros.

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