A Polícia de São Paulo encontrou várias cápsulas de armas de calibre 38, .380 e uma pistola 9 mm nos locais onde 18 pessoas morreram e sete ficaram feridas durante ataques, na noite da última quinta-feira, em Osasco e Barueri. As primeiras são de uso da Guarda Civil Metropolitana, e a última arma, de uso das Forças Armadas, disse o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes. De acordo com o secretário, essa é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado.
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A polícia trabalha com a hipótese de que os ataques tenham relação entre si. Também há a suspeita de que as mortes tenham ocorrido em reação ao latrocínio de um policial militar em Osasco e de um guarda civil metropolitano em Barueri.
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– Das seis primeiras vítimas identificadas, cinco tinham antecedentes criminais. Estamos analisando se há relação disso com os fatos. Se houver indício (da participação da PM nos crimes), a Corregedoria da PM vai auxiliar nas investigações – disse Moraes.
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Testemunhas relataram que, antes de atirar, os criminosos teriam questionado sobre quem tinha passagem policial. O secretário disse que perguntar sobre o passado criminal e usar coturno é “típico de quem quer fingir que é um policial”.
Embora a Secretaria de Segurança Pública não descarte a participação de policiais, a Corregedoria da PM não está na força-tarefa montada pela pasta.
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– A Corregedoria investiga quando há indícios de participação da PM.
Segundo Moraes, o governo do Estado trabalha com algumas hipóteses de investigação: represália em função do latrocínio de um PM em Osasco, reação ao latrocínio de um GCM em Barueri, guerra por tráfico de entorpecentes e todas as outras hipóteses juntas.
Ainda de acordo com Moraes, todos os corpos foram retirados do local – alguns levados para o IML de Osasco e outros para o IML de São Paulo.
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*Estadão Conteúdo