O comandante-geral da Polícia Militar (PM) de Santa Catarina, Coronel Nazareno Marcineiro, assistiu às imagens da confusão ocorrida neste domingo em Canasvieiras, em Florianópolis. Na confusão, uma mulher morreu e dois homens ficaram feridos.
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Crislândia Solidad dos Santos teria tomado a arma de um policial militar e atirado contra os policiais. Ela foi atingida, socorrida ao hospital, onde morreu.
Para o oficial da PM, ainda não está claro como a mulher que acabou morrendo na briga teve acesso à arma. Nazareno acredita que o policial não teve a intenção de matar, mas diz que a conduta adotada por ele será investigada.
Um inquérito policial militar foi instaurado para apurar o caso e deve ser concluído somente daqui 30 dias. Nazareno deve acompanhar apenas o início das investigações; na semana passada ele anunciou que deixa o cargo de comandante-geral no dia 5 de maio.
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Em vídeo, testemunha relata o que viu durante a confusão em Canasvieiras
Diário Catarinense: Qual será a posição da Polícia Militar?
Coronel Nazareno Marcineiro: Determinei que um inquérito policial militar seja instaurado. Todos as testemunhas serão ouvidas e todos os fatos evidenciados. Temos 30 dias para investigar este caso e é o que vamos fazer para ter saber ao certo como foi o desempenho do policial e definir as consequências que isso vai ter. Se tiver algum detalhe da ocorrência que exija uma melhor capacitação do policial nós também vamos tomar providência. Mas antes que tenhamos o inquérito concluído não dá para se chegar a nenhuma conclusão prévia.
DC: Como a mulher que acabou morrendo na briga teve acesso à arma da PM?
Nazareno: Neste momento eu me faço esta mesma pergunta. É o que nós vamos apurar no inquérito. Todo o procedimento que a polícia adotou será investigado. A cena da ocorrência era bastante conturbada. Cada policial toma a iniciativa individual, mas de acordo com o treinamento que recebe. E todo o policial está sujeito às consequências que um episódio desses gera. Se ficar provado que a conduta do policial foi inadequada nós vamos responsabilizá-lo.
DC: As três pessoas baleadas pela PM levaram tiros na coxa ou na perna. O procedimento é correto em casos como este?
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Nazareno: O procedimento correto é o uso progressivo da força. Eu assisti às imagens. Ficou bem caracterizado que o policial primeiro verbalizou, deu orientação para a pessoa, repetiu várias vezes. O último estágio é a letalidade, matar uma pessoa. Se o policial tivesse a intenção de tirar a vida, ele teria atirado no peito, não para baixo. E o tiro foi desferido para baixo. As imagens mostram isso.