Preparando-se para a temporada 2017 nos Estados Unidos, a dona de 22 títulos do Grand Slam e atual vice-líder do ranking da WTA, Serena Williams, concedeu uma entrevista especial ao programa The Undefeated In-Depth, a ESPN norte-americana, e que teve comando do rapper Common.

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Sem papas na língua Serena falou de todos os assuntos, incluindo racismo e machismo enfrentado por ela em toda a vida tanto dentro como fora de quadra.

— Quando era pequena e jogava, era a única negra jogando tênis, mas isso não me incomodava — relatou ela que chegou, certa vez, a ser chamada de “negrata” por um garoto que competia. entretanto, relembrando sua carreira caiu no fatídico Masters de Indian Wells 2001 em que ela e a irmã mais velha, Venus Williams, foram vítima de racismo da própria torcida, a norte-americana. —Sentimos um fundo de racismo naquelas vaias, nos sentimos sozinhas — recorda.

—Meu pai me ensinou que o importante é conhecer a história, meu passado para poder ter um bom futuro — revelou ela que se fosse mãe, hoje nos Estados Unidos temeria muito pela segurança do filho, após inúmeros episódios de assassinatos de jovens negros pelas forças policiais norte-americanas. — Prefiro ser mãe de menina. Temo pela segurança do meu sobrinho de 18 anos. Esta situação é uma vergonha — dispara.

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Aos ser perguntada se via machismo no esporte profissional, Serena declarou:

— Estou certa de que se fosse um homem, seria considerada a maior atleta de todos os tempos há pelo menos seis anos.

Além disso, Serena revelou ter tido problemas com autoestima em virtude de comentários sobre seu corpo:

— Meu corpo é muito diferente de muitas meninas e não segue os padrões de beleza atuais, é voluptuoso — disse. Mas a experiência da vida lhe ajudou a observar os benefícios de ser quem é: — Meu corpo permitiu que eu jogasse meu jogo e ser o que sou. Não pretendo agradar todo mundo.