É louvável a intenção da Fundação Catarinse de Cultura (FCC) de fazer com que o funcionamento dos museus de Florianópolis seja mais transparente e tenha a participação da sociedade. No entanto, ainda estamos longe de uma atuação profissional nos museus da Capital. É lamentável que o Masc tenha deixado de realizar uma exposição, como a dos 50 anos de arte de Eli Heil, em 2012, por não conseguir lidar com a logística necessária para transportar as quadros. Os problemas teriam sido os valores dos seguros das obras e a climatização o ar-condicionado do Masc, se usado em um espaço pequeno, opera com menos de 25% de sua capacidade e automaticamente desliga, por questão de segurança.

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Se a logística para uma exposição simples é demais para o Masc, torna-se inviável a possibilidade de fazer exposições com obras de museus de outros estados. Exposições de artistas famosos poderiam ajudar a formar um público que, até o momento, é praticamente inexistente.

Ano passado, três museus de Florianópolis – MIS, Masc e Museu Histórico de SC (MHSC) – tiveram um público adulto de cerca de 24 mil pessoas, equivalente a apenas 5% da população de Florianópolis. Enquanto isso, a exposição O mundo mágico de Escher, que ficou em cartaz por três meses no Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro, ficou no topo do ranking de 2012 do jornal The Art Newspaper como a mostra de arte mais visitada do mundo. O público médio foi de 10 mil pessoas por dia.

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