Scheidt conquista sua quarta medalha em Jogos Olímpicos

Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim na classe Star, o velejador Robert Scheidt se tornou o segundo maior atleta olímpico do Brasil, atrás apenas do também velejador Torben Grael.

Com a conquista desta quinta-feira, Scheidt é o primeiro brasileiro a levar medalhas em quatro edições consecutivas dos Jogos Olímpicos – as outras três foram obtidas na classe Laser, com dois ouros nas edições de 1996 e 2004 e a prata em 2000.

O resultado em Pequim coloca Scheidt em pé de igualdade com Torben Grael, o maior atleta olímpico brasileiro, com cinco medalhas. Grael conquistou uma medalha na classe Soling e outras quatro na Star.

Scheidt, que já conquistou 89 pódios em competições internacionais, nasceu em São Paulo, e desde pequeno já demonstrava grande habilidade para navegar.

O velejador paulista obteve seus grandes resultados na Laser. O primeiro de expressão foi o título mundial de 1995, mesmo ano em que levou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata, na Argentina.

Deste momento em diante, sua carreira decolou. Foram mais sete títulos mundiais (1996, 1997, 2000, 2001, 2002, 2004 e 2005) e mais dois pan-americanos, em Winnipeg (1999) e Santo Domingo (2003).

Nestes anos de sucesso, Scheidt ainda conseguiu duas vezes o ouro olímpico. O primeiro foi obtido nos Jogos de Atlanta, em 1996. O segundo veio somente em 2004, em Atenas.

Ele também não ficou de mãos vazias nos Jogos de Sydney, em 2000. Naquela competição, Scheidt conseguiu a prata, perdendo o primeiro lugar na última regata para o inglês Ben Ainslie.

Entretanto, veio o desafio de mudar de classe. O velejador deixou a Laser e optou por competir na Star, ao lado de Bruno Prada, com quem conquistou o Campeonato Mundial em 2007, em Portugal.

Praticante de um esporte que, segundo ele “jamais será popular como o futebol”, Scheidt ganhou a admiração e o respeito dos brasileiros e teve o privilégio de ser o porta-bandeira do país na cerimônia de abertura dos Jogos de Pequim.