Pelo segundo mês consecutivo, Santa Catarina apresentou um saldo negativo na criação de vagas de emprego. Em junho, foram 1.546 demissões a mais do que admissões no Estado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira, em Brasília. O setor de Serviços foi o responsável pela maior contribuição para o déficit, com 523 desligamentos no cálculo do período, seguido pelo Comércio, com saldo negativo de 485.

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Na avaliação do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), Ivan Tauffer, o desempenho catarinense ainda é melhor que o dos Estados vizinhos, apesar do fraco desempenho na geração de empregos em diversos setores. Tauffer cita, por exemplo, os números registrados no Paraná e no Rio Grande do Sul, que no mesmo período tiveram saldo negativo de -1.178 e -1.863, respectivamente, no Comércio.

— A situação deles (Estados vizinhos) é ainda mais grave. Isso é reflexo da crise política e só agora que (os números) estão repercutindo. Mas esse volume é rápido para restabelecer, principalmente no segundo semestre que, em função do maior número de datas comemorativas, vai haver também mais contratações. Ainda assim, o que vemos hoje é uma boa situação diante do quadro em que vivemos — contextualiza Tauffer.

Entre as cidades catarinenses consideradas no levantamento do Caged, Jaraguá do Sul foi a que teve a maior contribuição positiva, com a criação de 195 vagas de trabalho _ sendo os principais destaques no Comércio (92), em Serviços (51) e na Indústria de Transformação (33). Na outra ponta, Florianópolis teve o pior desempenho, com o fechamento de 938 postos _ com destaque negativos para os setores que também puxaram a queda estadual, Serviços (-502) e Comércio (-248).

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Atualmente, Santa Catarina é o quinto pior Estado no ranking da geração de empregos, atrás do Rio Grande do Sul (-9.513), Rio de Janeiro (-5.689), Paraná (-3.561) e Distrito Federal (-2.484). Em maio, o Estado já havia registrado um número negativo, com o encerramento de 613 postos de trabalho, e em junho do ano passado, o déficit havia sido ainda maior com -8.290 vagas. No acumulado do ano, no entanto, o resultado é positivo para a economia catarinense, com a criação de 22.366 vagas.

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