O Programa Mais Médicos registrou pelo menos 119 municípios de Santa Catarina na penúltima lista de inscritos na iniciativa do Governo Federal. O número equivalente a 34% das cidades do Estado. Em contrapartida, de uma lista de 39 municípios considerados prioritários pelo Ministério da Saúde, apenas 59% tinham se cadastrado. A lista final será divulgada, de acordo com a assessoria do ministério, às 14h30 desta sexta-feira.
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Estavam de fora da lista, inclusive, o maior município catarinense: Joinville. Mas a prefeitura afirma que correu atrás e conseguiu se cadastrar a tempo. Dos três maiores, apenas Florianópolis constava como inscrito na lista prévia. Blumenau também estava fora da relação divulgada na última quinta-feira.
Do total de inscritos, são 24 os municípios que estão nas regiões catarinenses de maior vulnerabilidade social e consideradas prioritárias. A assessoria de imprensa do ministério não confirmou se outros municípios catarinenses considerados prioritários se inscreveram durante esse último dia, se limitou a afirmar que a lista final será divulgada hoje.
Lançado pela presidente Dilma Rousseff no dia 8 de julho, o programa pretende levar mais médicos – brasileiros ou estrangeiros – às regiões carentes, em especial os municípios do interior e na periferia das grandes cidades. Todos os municípios do país podiam participar, ao indicar as unidades básicas de saúde de suas regiões em que havia mais falta de médicos.
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– Estamos fortalecendo a atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital – disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
No Brasil todo, 2.552 municípios aderiram ao programa até o penúltimo dia de inscrições, o equivalente a 45,8% das cidades brasileiras. Do total, 887 (34%) estão em regiões de maior vulnerabilidade social. A região Nordeste registrou o maior número de inscrições, com 867 (34%) municípios participantes. O Sudeste contou com 652 municípios participantes e o Sul, 620. Norte e Centro-Oeste registraram 207 e 206, respectivamente.
:: Recuo
Um dos pontos do programa Mais Médicos foi muito criticado, em especial por associações da classe médica: ampliar cursos de medicina com dois anos extras de serviços prestados ao SUS. E o governo já admite rever a decisão.
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Após reunião com o Conselho Nacional de Educação, na última quarta-feira, os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Educação) falaram sobre soluções alternativas possíveis.
– Em vez de serem dois anos a mais de graduação, a recomendação da comissão de especialistas do MEC é que fossem dois anos de residência médica – afirmou Mercadante.