Em sua trajetória pelo Atlântico Norte, o furacão Sandy ganhou intensidade no amanhecer desta segunda-feira, reforçando os temores de que poderá provocar uma tempestade devastadora no nordeste dos Estados Unidos.
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Às 5h locais (7h de Brasília), Sandy seguia uma rota para o Norte, produzindo ventos sustentados de 135 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões. A expectativa é de que a tormenta vire para o continente no final da manhã e rume em direção à costa de New Jersey, tocando o solo na noite de hoje, num ponto a cerca de 150 quilômetros da cidade de Nova York. Mesmo antes de chegar ao continente, Sandy já provoca ondas altas e inundações em Estados como Carolina do Norte e Vírgínia.

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Apesar de ser um furacão de categoria 1, a mais fraca na escala Saffir-Simpson (que vai até cinco), as autoridades temem que os ventos e a agitação que Sandy está provocando no oceano sejam intensificados por uma frente fria que está se deslocando desde o Canadá, criando uma supertempestade que possam potencializar os estragos e ampliar as inundações nas zonas costeiras da região mais populosa dos EUA, onde vivem 60 milhões de pessoas.
A previsão é de que pelo menos 10 milhões fiquem sem energia elétrica devido à queda de postes e a destruição das redes por galhos e árvores. Também há risco de inundações de centrais elétricas.
As principais cidades da região estão praticamente paralisadas nesta segunda-feira, à espera da tempestade. Transporte público (ônibus e metrô), escolas e aeroportos não estão funcionando nesta segunda-feira. Mais de 7,4 mil voos já foram cancelados.
Em Nova York, onde mais de 370 mil pessoas foram retiradas de suas casas, também foram suspensas as operações na bolsa de valores e os teatros da Broadway cancelaram todas as apresentações. A previsão é de que somente na quarta-feira esses serviços voltem a funcionar.
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Os meteorologistas afirmam que Sandy é uma tempestade excepcionalmente poderosa, que pode atingir uma grande área continental – pelo menos sete Estados vão sentir os efeitos do furacão. Os ventos poderão ser sentidos a mais de 280 quilômetros a partir do núcleo, uma dimensão pouco comum.