O Samu de Joinville estava atuando na últimas semanas sem duas ambulâncias das quatro fornecidas pela Secretaria Municipal de Saúde. Uma delas estava fora de ação há três semanas desde que sofreu um acidente, outra está parada há três meses por falta de peças.

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A falta de veículos tem gerado demora no atendimento e esforço dos médicos e socorristas para fazer com três ambulâncias o trabalho que era feito por cinco. Conforme o coordenador de regulação do órgão, Niso Eduardo Balsini, fica mais difícil dar conta da demanda faltando um dos elementos fundamentais para o transporte dos pacientes.

Até agora, Niso afirma não ter deixado ninguém sem atendimento, mas não descartou esta possibilidade se vários casos aparecerem no mesmo momento. Todo os dias, ele liga cobrando o dia da reposição dos veículos, mas até agora não recebeu nenhum prazo.

A expectativa dele é de que agora, com o fim do ano se aproximando, o número de ocorrências se estabilize ou até diminua com as pessoas viajando para outras cidades. Caso contrário, será um verdadeiro malabarismo atender diariamente 280 ligações de socorro, com cerca de 20 a 30 atendimentos e apenas dois veículos para percorrer toda a cidade.

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Contraponto

Conforme assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, uma ambulância foi batida durante o horário de trabalho e o motor precisou ser refeito. Também será necessário organizar a documentação pedida pela seguradora. Serão mais 20 dias, pelo menos, de espera.

Já a segunda, poderá voltar para o dia a dia em duas semanas, já que as peças que a fizeram ficar parada por três meses chegaram na oficina. Sobre a possibilidade de receber mais um veículo, a secretaria informou apenas que o Governo do Estado concordou em enviar uma nova ambulância. Mas sem prazo definido. ?

Demora no atendimento já causou morte ?

No começo deste mês, um idoso morreu após ter esperado três horas para ser atendido pelo Samu. Parentes da vítima disseram que ligaram para o órgão de emergência às 9 horas da manhã e a ambulância só chegou às 11.

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O caso foi parar no Ministério Público Federal, que iria apurar se houve negligência ou não. Na época, Niso alertou que a unidade estava com três ambulâncias – duas a menos do que o mínimo necessário – e todas estavam ocupadas no momento da chamada.