As dicas de economia que valem para a nossa casa e o nosso dia a dia também são aplicáveis nas empresas, que podem desenvolver ações para combater o desperdício de água, luz e de material de escritório, por exemplo. Se o mercado está retraído e o consumo em baixa, uma boa gestão de custos pode fazer a diferença nas finanças.

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Neste sentido, planejamento é essencial, avalia Emerson Edel, diretor de Operações da construtora Perville. Segundo o especialista, quanto menor for o tempo para execução de um projeto, melhor.

– Um bom planejamento pode reduzir em 50% o prazo de execução, o que acaba contribuindo para a competitividade da empresa.

Para Edel, é necessário ter atenção também aos cronogramas. É preciso ter três: um de suprimentos, outro de decisão e outro de execução. Antigamente, era um cronograma só para tudo e os detalhes apareciam durante a execução e impactavam os custos, lembra o executivo.

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– Este cuidado vale para qualquer situação em qualquer empresa – ensina.

Gastos fixos e comuns a qualquer tipo de negócio também podem ser reduzidos com medidas simples, explica o especialista em redução de custos, Fernando Macedo. Sistemas de reuso e captação de água, além de gerarem economia, contribuem para poupar um recurso que começa a ficar escasso em várias regiões. No caso da luz, sensores de presença garantem que lâmpadas fiquem acesas apenas quando alguém estiver dentro do ambiente.

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Na área de compras, realizar um único pedido para todos os departamentos e negociar melhores condições com fornecedores também podem garantir um desfalque menor para a empresa.

Otimização de processos

Reduzir custos é um desafio diário das empresas, que buscam mudanças que gerem melhoria contínua para aumentar a produtividade, o desempenho ou o ambiente de trabalho. Com uma medida simples, a Víqua conseguiu otimizar um processo bem específico. A indústria de plásticos de Joinville produz um kit para diluir fertilizante no processo de irrigação. Cada um deles têm uma mangueira de dois metros. Normalmente, a empresa produzia mangueiras de 50 metros, que ficavam armazenadas no estoque.

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Na hora de montar as peças, eram necessários dois operadores para medir e cortar manualmente os 50 metros em partes de dois metros para embalar no kit. O corte era desgastante, pois ocorria com a mangueira já fria e poderia gerar refugos.

Para ganhar em produtividade, a empresa redesenhou o processo e passou a contemplar na fabricação um carretel com furo limitador de dois metros para auxiliar o corte da mangueira no comprimento exato já no momento da extrusão, com a mangueira ainda quente. Na prática, eliminou-se uma etapa (a que envolvia o armazenamento de mangueiras de 50 metros e o trabalho de medi-las e cortá-las depois). A adaptação do processo durou um mês e necessitou de um investimento de apenas R$ 400.

Com a redução dos custos, os dois operadores puderam se dedicar a outras funções e houve uma economia de 1 m² de área de estoque.

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