Encerrados os interrogatórios dos quatro suspeitos da morte do menino Bernardo, ocorridos nesta quarta-feira, Leandro Boldrini, Gacriele Ugulini, Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram escoltados de volta para a prisão. Ao mesmo tempo, foi aberto o prazo de cinco dias para que acusação e defesa entreguem, por escrito, suas argumentações sobre a culpa ou a inocência dos réus. São os chamados memoriais.

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Depois de analisar o processo e os memoriais, o juiz Marcos Luís Agostini, titular do Caso Bernardo desde o começo, tem quatro decisões possíveis:

– Sentença de pronúncia: caso se convença da materialidade dos fatos e de indícios de autoria ou de participação, os réus vão ser julgados no Tribunal do Júri (Júri Popular).

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– Sentença de impronúncia: quando o magistrado considera que não há prova da existência do fato ou indícios de autoria. O processo é arquivado.

– Absolvição sumária: se o juiz entender que há prova segura da inocência dos acusados. Os réus são inocentados.

– Desclassificação: ocorre quando o julgador se convencer, em discordância com a acusação (no caso, o MP), da existência de crime diferente daquele pelo qual o réu foi denunciado, que não seja doloso contra a vida. No caso, o réu será julgado em vara criminal e não pelo Tribunal do Júri.

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Os acusados foram ouvidos pela primeira vez pela Justiça nesta quarta. Eles chegaram ao fórum de Três Passo escoltados e foram recepcionados por gravações de pedidos de socorro feitos por Bernardo.

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Após, Leandro voltou para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), Evandro para o Presídio Estadual de Três Passos, enquanto Edelvânia e Graciele foram, separadas, para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.

* Zero Hora