É preciso ir aos primórdios do futebol, quando ele era uma atividade lúdica, para encontrar um resultado semelhante a esse do Brasil com a Alemanha. Foi acachapante, foi terrível, foi um massacre. Uma vitória de 7 a 1, uma vitória que teve uma vantagem alemã nítida, clara, ofensiva, todo tempo e com injustificável vantagem sobre o adversário.

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A Seleção não tinha Neymar, teria que substituí-lo através de um dispositivo. Felipão preferiu incluir Bernard, que é um jogador leve, de toque de bola e, naturalmente, armar assim o time com a volta do Luiz Gustavo. Foi insuficiente, ele teria que ter buscado soluções melhores, a pergunta que logo se coloca, é a seguinte: quais as soluções melhores? Parece que aí nós caímos num lugar perigoso. Jogadores para substituir, para dar outra feição ao time, não existem. São esses.

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Em consequência é uma questão tática de oportunidade e circunstância. Não há a possibilidade de dizer que, se fulano e beltrano tivessem jogado, a situação estaria alterada. Como a Alemanha, por exemplo. A Alemanha, na medida em que cita seus principais jogadores, ela percebe claramente e dá a impressão para todos de que é um time bem constituído, com recursos e com, sobretudo, reservas técnicas suficientes.

Não é o caso da Seleção Brasileira, pelo contrário, ela apresenta déficit. Foi assim em jogos passados em que foi até vitoriosa, o que era bom, muito bom, mas que dava a impressão, para quem observasse, de que talvez não tivesse sustentação.

E agora tem o jogo do sábado e nele uma possibilidade que, enfim, tem o seu orgulho, tem sua justificativa, que é do terceiro lugar. O adversário será conhecido hoje. Seja um, ou seja outro, é tão forte como foi a Alemanha. Em consequência, a Seleção Brasileira terá que crescer, melhorar de posição, talvez tenha que fazer mudanças, mas é preciso dizer, é preciso insistir, que mudanças não alteram a qualidade final do time.

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O que altera a qualidade final do time é o entrosamento, é uma boa disposição dos jogadores, é uma insistência, é uma vantagem coletiva, e isto a Seleção, no jogo de ontem, ficou muito abaixo, ficou com um descrédito absoluto, deu a impressão de ser um pobre time iniciante e isso, convenhamos, faz mal para todos nós, faz mal para o torcedor, faz mal para o analista.

Eu, como analista de futebol já há um bom tempo observando, nunca tinha visto nada igual, nem em jogos de clubes, nem em divisões inferiores, uma diferença tão brutal, num jogo de tamanha importância. O que foi que aconteceu? Pois aconteceu isso, o descalabro. A palavra é essa: descalabro.

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