O argentino Rubén Magnano é o encarregado de conduzir o Brasil ao Mundial de 2014 e nas Olimpíadas do Rio, em 2016. O técnico, campeão olímpico em 2004, recebeu o DC durante treinamento da Seleção no Núcleo de Alto Rendimento Pão de Açúcar, em São Paulo, para falar sobre as expectativas no torneio, os desfalques da Seleção e o momento do basquete brasileiro.
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Diário Catarinense – A NBA é um mal para o basquete FIBA por conta dos desfalques?
Rubén Magnano – É um mal para as seleções, e não para o basquete FIBA. Infelizmente temos muitos inconvenientes. O basquete de seleções é afetado porque a qualidade diminui, sem dúvida.
DC – A falta de atletas da NBA é boa para treinar novos valores ou ruim por não ter todo o grupo?
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Magnano – O fato de não termos todos os atletas pensados atrapalha um pouco a ideia futura, inclusive olhando as Olimpíadas. Mas é um espaço que espero que os novos jogadores saibam aproveitar.
DC – Como a incerteza do plantel afeta seu planejamento?
Magnano – Eu aprendi uma coisa: só saberei o time quando ver os 12 jogadores entrando no hotel no dia da convocação. Muitos me disseram que estariam aqui e não estão. Não vou falar dos que não estão. Sempre utilizo meu tempo para falar de quem defenderá o país.
DC – Quem são os principais adversário do Brasil?
Magnano – Para nós, como estamos, cada jogo é uma final. Há um equilíbrio grande. Aparentemente, Porto Rico, Canadá também está forte. A anfitriã Venezuela, por jogar em casa, também é um rival difícil. A Argentina tem uma mudança muito grande e chega para brigar.
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DC – O que o Brasil deve fazer para conseguir a vaga?
Magnano – Temos que ter uma defesa forte, que nos permita ter arremessos em contra-ataque e em superioridade numérica. Deve dar à defesa grande importância.
DC – Como você avalia seu trabalho na Seleção até agora?
Magnano – É difícil avaliar o meu trabalho. Tenho certeza que hoje o Brasil tem uma identidade, uma forma solidária de jogar, que acho que agrada às pessoas. Creio que estamos jogando como um verdadeiro time.