Pouco antes das 16h desta terça-feira, o presidente afastado da Assembleia Legislativa, Romildo Titom (PMDB), chegou ao plenário para a sessão que já havia começado. Aos jornalistas, disse uma das raras frases desde que foi tirado do comando do parlamento estadual por decisão do desembargador José Trindade dos Santos, depois ratificada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ-SC). Foi breve, mas enfático:
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– A palavra renúncia nunca esteve no meu vocabulário. Esqueceram de combinar comigo — disse o deputado.
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Antes da sessão, ele havia se reunido com o presidente interino da Assembleia, Joares Ponticelli (PP). Na véspera, conversou com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB). Com a decisão de não renunciar, Titon deve esperar pela conclusão do acórdão da sessão do Órgão Especial que manteve seu afastamento _ resultado do inquérito do Ministério Público de Santa Catarina que apontou o deputado como integrante de uma quadrilha especializada em fraudar licitações para construção de poços.
Outra possibilidade ainda em aberto é a de Titon pedir 60 dias de licença, em uma tentativa de evitar mais respingos da crise no resto do Legislativo.
(Com informações do repórter Thiago Santaella)