Da memória de Romeo Max Jaehrig ressaltam os momentos mais intensos da sua trajetória nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Foram 22 anos de paticipação e 21 títulos distribuídos nas modalidades de Salto em Altura, Basquete e Vôlei que lhe renderam uma homenagem na última segunda-feira.
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Desde 1960 até 1982, as grandes vitórias e as grandes derrotas sempre ficaram marcadas com mais intensidade, mas entre todas elas uma cena surge, envolve e recoloca Romeo na quadra do ginásio Sebastião Cruz, em Blumenau.
– As finas do vôlei e basquete que vencemos em 1979, naquele ginásio completamente lotado com todos vibrando pela cidade são com certeza uma das melhores lembraças – revive Romeo.
Aquela seria a 19ª participação de Romeo nos Jasc. A enchente de 83 levou grande parte dos registros fotográficos da epóca de ouro dos Jasc que Romeo conservava, mas não apagou o que esporte fez por ele. Hoje com 69 anos, o ex-atleta de Blumenau agora trabalha como corretor de seguros em sua própria companhia na cidade do Vale do Itajaí. Recentemente operou o joelho e por isso está há duas semanas sem poder nadar os seus dois mil metros três vezes por semana ou frenquentar a academia.
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– Não consigo ficar parado. Eu também jogava tênis de vez em quando e espero poder voltar assim que me recuperar da cirurgia – projeta Romeo que não perdeu a sua alma de atleta.
O esporte formou Romeo, moldou sua personalidade e lhe ensinou valores. Na derrota ou na vitória ele fez amigos, lutou por um equipe e por um centímetro a mais na altura do salto. Aprendeu a obdecer determinada estratégia em benefiício de um grupo. Respeito pelo adversário e vontade de vencer desafios.
– O esporte reflete na sua vida social e familiar e será sempre assim. Não importa se no futurão serão atletas profissionais ou não, mas com certeza terá mais chance de ser um adulto maduro com valores sociais consolidados.
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Há 40 anos
Na décado de 70, anos que Romeo lembra omo os anos mais gloriosos dos Jasc, ele estava na casa dos 30 anos. As arquibancadas eram lotadas e toda cidade torcia por seus representantes. Era comum sintonizar a rádio para ouvir as transmissões do jogos que mobilizavam toda a sociedade.
O ex-atleta acredita que nos últimos anos essa identificação por parte dos atletas e do público foi enfraquecida, mas que nem por isso a competição deixa de agregar valores a quem participa ou acompanha.
– Hoje os atletas se profissionalizam muito cedo. Isso é bom também, mas se perde aquela paixão de defender o nome da sua cidade durante os jogos. Alguns estão ali muito mais pelo resultado. É importante o atleta jogar e permanecer como um exemplo para a cidade ou Estado.
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