Na manhã de ontem fui fazer um rolê no Monte Serrat (Morro da Caixa), onde estava rolando o tradicional evento O Grito dos Excluídos. A manifestação nasceu em 1994, quando a igreja católica, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se uniu a entidades de movimentos sociais e sociedade civil para manifestar seus anseios por melhorias no país.

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Ontem não foi diferente, as mensagens eram por melhorias na política defasada que temos, mas, principalmente, pelo fim dos altos índices de assassinatos que engordam a maior onda de violência que vivemos nos últimos sete anos. Padre Vilson Groh estava a frente na organização e o pátio da caixa d’água foi o palco de lideranças e artistas durante toda a manhã.

O que me chamou a atenção foi o respeito às demais religiões, demonstrado pelo padre no momento de abençoar o café da manhã servido a céu aberto. O cara aí da foto é o Babyton Santos, uma das pessoas mais militantes e engajadas nas questões das periferias que conheço, e também um filho de nato das religiões de matrizes africanas. Foi dele a responsabilidade de em nome do povo de santo, abençoar ao lado do padre Vilson os alimentos que estavam sobre a mesa.

O nego mandou ver numa parábola que falava sobre os ensinamentos que Ogum deu a Oxóssi no aprendizado da caça. Isso me encheu de orgulho, porque conheço muito bem os dois religiosos, e sei bem das lutas que são travadas pela intolerância religiosa. Meus parabéns, amados! Axé!

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